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Como as marcas de luxo cobram por equipamentos que os carros novos já têm

Atualizações online vieram para o bem, mas agora também servem para cobrar por sistemas pré-instalados em carros já vendidos

Por Eduardo Passos
Atualizado em 3 abr 2024, 15h25 - Publicado em 23 jan 2023, 09h17
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 (Reprodução/Quatro Rodas)
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As atualizações Over-the-Air (OTA) serão parte essencial dos carros daqui para a frente. Através da internet, já é possível que as fabricantes atualizem os veículos da mesma forma e com até mais profundidade do que um smartphone, por exemplo.

Novas linhas de código e instruções permitem que sistemas mecânicos sejam controlados com mais eficiência – como os sedãs esportivos elétricos Porsche Taycan vendidos no Brasil, que agora são carregados mais rapidamente graças a uma atualização no sistema de gerenciamento térmico da bateria.

Mas também já há uma forma polêmica de lucrar com isso: as microtransações. Há alguns meses, a BMW provocou revolta em consumidores do Hemisfério Norte, cobrando assinatura mensal para liberar o aquecimento dos bancos de alguns modelos. Por cerca de R$ 98 ao mês, clientes do Reino Unido podem ativar o funcionamento de um equipamento preexistente no carro. Também há taxas para liberar faróis altos automáticos, controle de cruzeiro adaptativo etc.

Dependendo da versão, novo Mercedes-Benz EQS vai de 0 a 100 km/h em 4,3 s e excede 800 km de autonomia
Mercedes-Benz EQS (Divulgação/Mercedes-Benz)

A Mercedes-Benz está seguindo por caminho parecido, e se prepara para cobrar pela liberação de toda a potência e torque de modelos da linha EQ – à venda no Brasil, sem sistema de microtransações. Por R$ 6.400 anuais, clientes dos Estados Unidos podem levar seus modelos da linha EQE de 292 cv para 353 cv e da EQS de 360 cv para 448 cv. O download pode encurtar o tempo de 0 a 100 km/h dos carros em até 1 s.

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A Tesla é uma das pioneiras no assunto das microtransações: em 2019, a marca começou a cobrar R$ 10.640 para baixar o 0 a 100 km/h do Model 3 em 0,5 s. Atualmente, é necessário pagar R$ 1.060 mensais para manter habilitado o Full Self-Driving, piloto automático mais avançado da marca norte-americana.

No Brasil, atualmente, existe só pagamento para serviços de internet e concierge, como o Chevrolet OnStar. Não há, entretanto, motivos para duvidar de que outras assinaturas logo sejam cobradas aqui.

Compra com um clique

Melhorias concretas nos veículos são adquiridas direto na central multimídia ou em lojas online. Imediatamente, o incremento é habilitado no automóvel

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BMW IX
(Reprodução/Quatro Rodas)
Mercedes
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Tesla
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Polestar
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