Donos de Chery reclamam de problemas mecânicos diários e mau atendimento
Donos de carros da Caoa Chery reclamam de defeitos não resolvidos em garantia e do atendimento das concessionárias
Levar o carro à concessionária fora do tempo previsto para as revisões é sempre motivo de apreensão. Mas pode virar um aborrecimento, se isso se torna repetitivo, como é para proprietários de alguns modelos da Caoa Chery, como relata o empresário Marcelo Santos de Brito, de Americana (SP), dono de um Tiggo 2, 2019.
“Meu carro está com 42.000 km e já foi mais de 25 vezes para a concessionária”, afirma. “Foram mais de quatro meses sem carro por causa do virabrequim e, mesmo demorando um mês para consertar, o problema voltou”, diz.
Além das falhas técnicas, a demora para que os carros sejam consertados é outra reclamação frequente, como diz o professor Mauro Javier De León, de Cabeledo (PB), dono de um Tiggo 2 2018.
“Meu carro desde zero tem problemas para funcionar quando está frio, além da caixa de marchas e o ar-condicionado, que só consertaram depois de me deixarem mais de dez dias sem o carro. Além disso, tive problemas com os amortecedores dianteiros com menos de 10.000 km e acabaram desgastando os pneus de forma irregular e não trocaram em garantia. Já perdi as contas de quantas vezes levei para as duas concessionárias na região”, afirma.
Outra prática comum são as concessionárias não reconhecerem o problema para não concederem a garantia, afirma o professor Michael de Andrade Menezes, de Aracaju (SE), dono de um Caoa Chery Tiggo 5X 2019. “Nunca consertaram o barulho na caixa de direção, sempre disseram ser característica do carro. Quando acabou a garantia, levei ao mecânico e ele disse que eu precisava trocar a caixa.
Questionada, a Caoa Chery respondeu que “é preciso lembrar que temos mais de 250 lojas representando a Caoa e que nossas oficinas de serviços recebem uma média mensal que ultrapassa 30.000 passagens. Sendo assim, precisamos identificar a quantidade de relatos, o que ocorreu em cada um dos casos e quais as concessionárias citadas. Sem essas informações, não temos como verificar um posicionamento”. Enviamos os nomes e os contatos dos clientes, e os código do chassi dos carros, mas não obtivemos resposta.
O POVO RECLAMA
“Depois do técnico ser grosseiro comigo várias vezes, precisei falar com o chefe de oficina, que só deixou de me tratar com ironia quando levei o meu pai e meu marido comigo para mostrar os problemas.”
Márcia Guerra, jornalista, São Paulo (SP), dona de um Tiggo 7 Pro 2022
“Percebi os avisos indicando falha na caixa de transmissão e na concessionária disseram que a fábrica pediu para remover a transmissão e me ofereceram um veículo reserva, mediante a assinatura de um “termo de acordo de renegociação de prazo”, já que o carro poderá ficar mais de 30 dias na oficina. Encontrei no grupo de proprietários do Arrizo um carro que deu problemas com 200 quilômetros rodados.”
Catia Wolter, empresária, São Paulo (SP), dona de um Arrizo 6 2021