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É possível instalar injeção direta em motores convencionais?

Injetar o combustível diretamente dentro da cãmara de combustão tem suas vantagens, mas sua adaptação em motores convencionais é inviável 

Por Redação
Atualizado em 3 Maio 2021, 15h57 - Publicado em 6 out 2016, 14h58
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  • injecao direta bosch

    Como funciona a injeção direta, como a do VW Up!? – William Veríssimo Ribeiro, São Paulo (SP)

    É possível instalar injeção eletrônica direta em motores equipados com injeção eletrônica indireta? – Fábio Luís Limeira do Valle, por e-mail

    O conceito dessa tecnologia é injetar o combustível não no coletor de admissão a uma pressão de cerca de 4 bar (como acontece no sistema tradicional), mas diretamente na câmara de combustão, a uma pressão entre 150 e 250 bar. Em comparação ao sistema de injeção eletrônica indireta (convencional), a direta é mais precisa e não é tão dependente dos tempos de abertura das válvulas.

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    Pressões tão elevadas pulverizam o combustível a ponto de formar partículas microscópicas, que permitem uma queima mais rápida e eficiente, o que gera mais potência e reduz o consumo. A tendência é que todos os motores passem a adotar esse recurso, que também é um dos mais eficientes para reduzir as emissões de poluentes.

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    Mas não pense em instalar injeção direta no motor do seu carro. Embora não seja um processo impossível, não é tão fácil como instalar injeção eletrônica em motor que originalmente usava carburador. Na verdade, é algo inviável tanto pelo alto custo quanto pela falta de dispositivos confiáveis.

    Além de uma nova central eletrônica, a conversão para injeção direta exigiria a instalação de novos bicos injetores, de um coletor de admissão e uma linha para a pressão de combustível muito mais alta. Assim, seriam necessários materiais mais resistentes para suportar tais forças, além de uma bomba de combustível capaz de fornecer uma maior pressão – vale lembrar, inclusive, que a bomba de alta pressão é um dos componentes mais caros dos motores de injeção direta.

    Apesar de todos esses fatores, a Ford resolveu adotar a injeção direta de combustível no motor Duratec 2.0 após anos de mercado na configuração indireta. Combinada à adoção do sistema flex, a mudança reduziu o consumo em 10% e aumentou a potência em 20%, de acordo com a marca.

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