Francisco Malta Filho, São Paulo (SP)
A gasolina comum e a aditivada possuem o mesmo poder calorífico. Os aditivos são formulados por empresas especialistas, são vendidos para as grandes distribuidoras e elas próprias se encarregam de misturá-los à gasolina exatamente no momento de encher os caminhões-tanque que seguirão para os postos. Há um duto independente que faz a dosagem de acordo com a “receita” da distribuidora.
De acordo com o engenheiro Everton Lopes, da SAE Brasil, a mistura do aditivo na gasolina é na ordem de PPM (partes por milhão), então, em 1 litro de gasolina se encontra algo como alguns mililitros de aditivo adicionados, que é o suficiente para a detergência e a dispersância no motor.
“Inclusive, como o aditivo só limpa e não tem o poder de queima, se colocado em excesso na gasolina, tira-se o poder de queima do combustível”, diz Everton. “Então, esse é um fator que deve ter um balanço muito bem calibrado, estudado e testado pelas empresas que fazem aditivo. As distribuidoras também testam esse aditivo antes de colocá-lo nas gasolinas.”
As grandes distribuidoras têm a gasolina aditivada feita de uma forma muito séria e, de fato, a ANP faz a fiscalização dos postos de gasolina, mas como existem muitos postos no Brasil, esse trabalho é feito de forma amostral, ou seja, não dá para falar que todos têm de fato os aditivos na gasolina aditivada disponível.
A recomendação é abastecer sempre em postos ligados a redes conhecidas, que fazem (e respondem por isso) controle de qualidade do combustível vendido por seus postos revendedores. Ou abastecer com gasolina comum e colocar aditivo, desde que seja de uma marca confiável.