As constantes quebras da cobertura do acabamento na lateral do banco do motorista dos Chevrolet Onix e Tracker, código 26250789, têm incomodado os proprietários dos veículos.
O valor da peça, mesmo na concessionária, não é dos mais altos, R$ 46,41 (em São Paulo), além do valor da mão de obra. A falha está na fragilidade do componente, o que resulta nas constantes quebras, como revela o técnico mecatrônico Rafael Diego Izac Ferreira, de Campinas (SP), dono de um Onix 2020. “O acabamento do meu carro quebrou diversas vezes e só trocaram em garantia na primeira vez. Sempre tive de pagar a peça nova”, afirma Rafael.
O assistente administrativo Saulo Henrique Correia, de Maringá (PR), diz que possui um Onix 2014 e um Tracker 2022, na família, que apresentaram o problema. “A lateral do banco dianteiro dos dois carros da minha casa estão trincadas por causa do plástico fino e de má qualidade. A concessionária trocou a peça no Onix, mas a do Tracker eles disseram que iriam analisar e já estou aguardando há mais de dois meses”, conta Saulo.
Há proprietários que optam por utilizar o banco sem a peça do acabamento, como relata a aposentada Iraci Françoso Martins, do Rio de Janeiro (RJ), dona de um Onix turbo 2020. “Não é questão de mau uso. O banco é estreito e a lateral feita de um plástico de péssima qualidade. O banco do meu carro está no ferro”, afirma Iraci.
Pesquisando na rede Chevrolet, fomos informados de que existe a orientação da fábrica para não trocar a peça em intervalos menores que 90 dias, após a substituição em garantia pela primeira vez. “A primeira orientação é fazer o laudo e gravar na ordem de serviço buscando sinais de atrito e/ou batidas”, disse o chefe da oficina de uma concessionária de São Paulo. “Se não houver problemas, tente cobrar pelo item e, caso não consiga, vá empurrando a troca do acabamento, diga que não tem a peça em estoque, essas coisas, especialmente se tiver menos de 90 dias desde a troca da peça avariada”, explicou o funcionário.
Consultamos a GM, com tempo hábil para a empresa se manifestar, mas não obtivemos retorno até o fechamento desta edição.
O povo reclama
“Na revisão de 30.000 km rodados, mostrei a peça quebrada na concessionária e eles disseram que era comum, mas a garantia não cobria. Por fim, paguei R$ 80 para trocarem o acabamento.”
Maurício Tissot, empresário, Caxias do Sul (RS), dono de um Onix 2020
“Começou a beliscar a roupa sempre que eu desembarcava. Mas não pretendo comprar outra peça, pois vai quebrar de novo e não quero desperdiçar dinheiro com um item que tem defeito.”
Cleber Lopes dos Santos, tecnólogo, Santos (SP), dono de Tracker 2020
“Percebi que quebrou quando minha roupa enroscava. Na concessionária, pediram de 15 a
20 dias para trocar em garantia.”
Mateus Berno Hintz, técnico em manutenção, Ijuí (RS), dono de um Onix 2020
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