Embora o varejo de veículos novos (considerando automóveis e comerciais leves, como picapes e furgões) tenha mostrado constante recuperação após dois anos desanimados pela pandemia, duas outras vertentes têm se destacado: as vendas diretas e as de carros usados.
Prova disso é que agosto foi o terceiro mês consecutivo em que as vendas diretas foram maiores do que as de varejo no Brasil.
As vendas diretas, vale lembrar, são aquelas consideradas corporativas, ou seja, negociadas diretamente pelas fabricantes com frotistas e locadoras, ou em concessionárias para taxistas, PcD, entre outros. O varejo inclui vendas comuns para pessoas físicas em concessionárias.
Em junho, 51,36% dos emplacamentos foram para vendas diretas. Em julho, a participação cresceu para 51,58%. O maior resultado veio em agosto, com 54,96% das 194.142 unidades emplacadas no período.
O título de modelo mais vendido na modalidade direta fica para a Fiat Strada, com 9.866 unidades das 14.157 totais, seguida por Gol e HB20. No varejo, o Chevrolet Onix é o campeão de agosto, com 5.936 unidades das 9.821 totais. Em seguida estão o Hyundai Creta e a Fiat Strada.
A Fenabrave diz que o varejo está mais suscetível a oscilações e, por isso, pode perder para as diretas sem que existam motivos pontuais.
Entre os usados, o último mês de agosto marcou o melhor resultado do ano até o momento.
No total, foram negociados 1.316.272 veículos, uma alta de 10,95% em relação ao mês anterior, sendo 968.780 considerando automóveis e comerciais leves. Neste caso, o crescimento em comparação a julho foi ainda maior, de 11,19%, tendo como destaque os comerciais leves, que viram suas negociações crescerem 12,33% – de 131.434 para 147.642 unidades no período.
No mês recordista, o veículo que mais trocou de titularidade foi o Volkswagen Gol, com 71.753 unidades. Depois dele, nomes antigos como os Fiat Palio e Uno.