Usado do mês: Ford Fusion tem força e espaço, mas detalhes exigem cuidado
O sedã mexicano é uma das melhores opções para quem busca um bom custo/benefício devido ao espaço interno, conforto e nível de equipamentos
![QR 689 CARRO FUSION 01.tif](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/qr-689-carro-fusion-01.tif_-e1571771358956.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Mesmo sendo mexicano, o Fusion é um dos maiores sucessos da Ford no Brasil. O sedã médio/grande sempre se destacou no segmento pelo conforto, desempenho e nível de equipamentos, superando rivais como Hyundai Azera, Toyota Camry e VW Passat.
Estreou no fim de 2012 com o Titanium 2.0 AWD e logo teve fila de espera. Por isso é o mais procurado: o acabamento interno é comparado ao trio Audi, BMW e Mercedes, em que teto solar, chave presencial e freio de mão e banco elétrico são obrigatórios.
O espaço também é acima da média: os 2,85 m entre os eixos garantem conforto de sobra para cinco e o porta-malas comporta 514 litros.
O motor 2.0 EcoBoost traz turbo e injeção direta que rendem 234 cv e 37,3 mkgf, transmitidos por uma tração integral: vai de 0 a 100 km/h em baixos 7,4 s. O consumo é comedido frente ao desempenho: 7,9 km/l de gasolina na cidade e 11,1 km/l na estrada.
A mais barata (e menos popular) é a versão SE 2.5 16V Flex. O motor Duratec aspirado tem comando de admissão variável com 175/167 cv. Vai de 0 a 100 km/h em 10,7 s e faz 7,3 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada (etanol).
Traz câmbio automático de seis marchas, suspensões bem acertadas (McPherson à frente e multilink atrás) e nível de equipamentos é bem atraente: oito airbags, bancos de couro, rodas aro 17, central multimídia Sync, ar digital bizona, piloto automático e controle de estabilidade.
![QR 689 CARRO FUSION 02.tif](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/qr-689-carro-fusion-02.tif_.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Entre elas há a Titanium 2.0 com tração dianteira, que traz a mais borboletas para trocas manuais, Isofix, controles de tração e estabilidade, piloto automático, câmera de ré, sensor de ponto cego, assistente de mudança de faixa, monitor de pressão dos pneus e rodas de 18 polegadas.
Levemente reestilizado, o modelo 2017 trouxe o SEL 2.0 EcoBoost, com start-stop, eletrônica recalibrada e nova turbina twin scroll, que fez ir de 234 cv para 248 cv. Já a central é a Sync 3 (tela de 8 polegadas e CarPlay/Android Auto).
Todas as versões ganham rodas aro 18 e grade com abertura ativa. A Titanium 2.0 se diferencia pelo som Sony de 12 alto-falantes, sensores de farol e chuva, banco do passageiro com ajuste elétrico e aerofólio.
A 2.0 AWD agrega piloto automático adaptativo, frenagem de emergência e teto solar de série.
Quem roda muito e não tem medo de ousar deve considerar a Titanium 2.0 Hybrid, com dois motores (combustão e elétrico) que somam 190 cv.
É um campeão de economia com 21,3 km/l na cidade e 16,2 km/l na estrada, mas é preciso considerar o porta-malas reduzido (de 514 para 392 litros) e a vida útil das baterias.
Onde o bicho pega
![QR 689 CARRO FUSION 06.tif](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/qr-689-carro-fusion-06.tif_-e1571771479674.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Câmbio automático: A caixa 6F35 requer a troca do fluido a cada 240.000 km, mas verifique se o filtro não está saturado, o que provoca queda de pressão hidráulica e danos nos discos de embreagem. Em casos extremos, a falha de lubrificação danifica a carcaça e as buchas do eixo de saída, constatados por vazamentos.
Injeção direta: Marcha lenta irregular, falhas no funcionamento, aumento no consumo e queda no desempenho são sintomas de pressão insuficiente na linha de combustível. Em geral, o problema está no sensor da linha de baixa pressão.
Suspensão: Devido ao porte, o Fusion não raro apresenta desgaste em amortecedores, batentes, buchas e bieletas. Se as peças estiverem comprometidas, é melhor desistir do negócio ou pedir um grande desconto.
Teto solar: Infiltrações são provocadas por falha na vedação ou obstrução nos drenos de escoamento e evidenciadas por manchas na persiana e no forro do teto. Sinais de oxidação e estalos na abertura e fechamento indicam que o componente precisa de uma revisão completa.
Recalls: Foram cinco chamados: reclinador dos bancos dianteiros, módulo do sistema de segurança e trinco das portas (modelo 2013), caixa de direção (modelos 2013 a 2014) e pré-tensionadores dos cintos dianteiros (modelos 2013 a 2016).
Preço médio dos usados
(Valores em reais calculados pela KBB Brasil para a compra pelo particular)
Modelo | 2013 | 2014 | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 |
SE 2.5 16V FLEX | 58.602 | 63.004 | 65.566 | 68.404 | 89.865 | 94.618 |
SEL 2.0 16V TURBO | – | – | – | – | 95.716 | 107.433 |
TITANIUM 2.0 16V TURBO | 66.962 | 68.415 | 75.085 | 88.567 | 105.658 | 117.182 |
TITANIUM 2.0 16V TURBO AWD | 68.961 | 70.255 | 81.792 | 96.964 | 108.504 | 125.247 |
TITANIUM 2.0 16V HYBRID | 77.903 | 85.449 | 93.923 | 103.463 | 124.917 | 132.603 |
Preços das peças
Peças | Original | Paralelo |
Para-choque dianteiro | R$ 4.670 | R$ 4.600 |
Farol (cada lado) | R$ 5.576 | R$ 1.150 |
Pastilhas de freio (jogo dianteiro) | R$ 230 | R$ 390 |
Disco de freio (par) | R$ 150 | R$ 283 |
Amortecedores (o jogo) | R$ 2.600 | R$ 2.446 |
A voz do dono
Nome: Henrique Muniz de Carvalho
Idade: 43 anos
Profissão: empresário
Cidade: Belo Horizonte (MG)
O que eu adoro: “Estilo atual mesmo após vários anos. Um típico sedã americano com muito espaço e um motorzão para ninguém botar defeito. O consumo é baixo considerando o peso e o desempenho excepcional.”
O que eu odeio:
“Estilo atual mesmo após vários anos. Um típico sedã americano com muito espaço e um motorzão para ninguém botar defeito. O consumo é baixo considerando o peso e o desempenho excepcional.”
Nós dissemos
![FUSION](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/fusion-e1571771847689.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Outubro de 2012 “O painel usa materiais suaves, acolchoados e sem brilho, para refletir o mínimo possível no para-brisa. (…) O espaço é acima da média. Até o quinto passageiro não tem do que reclamar, pois o túnel no piso não é alto e o teto deixa espaço para a cabeça de quem tem mais de 1,80 m. (…) A suspensão também é confortável, mas sem exageros.”
Pense também em um…
![Camry XLE V6, modelo 2006 da Toyota, testado pela revista Quatro Rodas.](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/10/camry-xle-v6-modelo-2006-da-toyota-testado-pela-revista-quatro-rodas.-e1571771924441.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Toyota Camry A sétima geração (2012-17) é uma escolha mais discreta para quem quer conforto, potência e confiabilidade. Tem um V6 3.5 de 277 cv com comandos de válvulas e coletor de admissão variáveis. O perfil maduro dos donos facilita a procura: é comum achar um Camry pouco rodado e bem cuidado – suas peças são facilmente encontradas.