A história de George Toubas, de 53 anos, e seu Opala 250S branco 1978 poderia ser contada em música, como a da banda Legião Urbana, mais especificamente a faixa Dezesseis, do álbum A Tempestade: “João Roberto era o maioral / O nosso Johnny era um cara legal / Ele tinha um Chevrolet Opala metálico azul…
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A história do Georjão, como ele se apresenta, começa quando ainda adolescente emprestou o relógio suíço de seu pai ao piloto da Stock Car Alencar Jr., seu ídolo já naquela época. Alencar queria cronometrar as voltas do seu treino para a etapa de Goiânia (GO) e pediu o relógio ao fã que assistia. Georjão voltou para casa achando que não veria mais aquele relógio.
Mas, mais tarde, naquele mesmo dia, Alencar foi ao encontro de George para devolver o instrumento. Depois desse dia, Georjão ficou ainda mais fã do piloto, das corridas e do Opala.
O sonho de ter um Opala de corrida só foi realizado em 1989. Mas Georjão não queria um Opala qualquer. Teria de ser da cor branca, modelo 250S de 1978. Segundo Georjão, o modelo e ano em questão saía de fábrica com algumas mudanças mecânicas, o que lhe garantia melhor desempenho.
Com o tempo, ele e o Opala branco se tornaram figuras carimbadas nas ruas de Goiânia (sim, porque ele também usa o carro no dia a dia) e nas pistas do Centro-Oeste do Brasil.
Durante a década de 1990, Georjão era imbatível nas categorias de arrancada, conquistando três campeonatos. Mas nem tudo foram rosas na carreira. Problemas financeiros e acidentes com seu Opala sempre desafiaram Georjão a continuar na pista. Foram muitos altos e baixos, mas ele seguiu firme ao lado do seu Opala.
Sua relação com o Opala e as pistas de arrancada é tanta que até um livro Georjão escreveu para contar as histórias vividas dentro e fora das pistas. A obra já está na gráfica, sendo finalizada. E, segundo o autor, será apenas a primeira edição, já que ele não pretende parar de competir com o Opala.