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Primeiro Chrysler 300 era luxuoso, rápido e tinha até versão conversível

Precursor dos muscle cars, ele conquistou as famílias americanas com medidas generosas de luxo e esportividade

Por Felipe Bitu Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
24 jul 2021, 08h30
clássicos | CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300
(Fernando Pires/Quatro Rodas)

Introduzido em 1955, o Chrysler 300 era um automóvel de luxo rápido e veloz em razão de seu motor Hemi de 5,4 litros e 300 cv. Foi sucedido pelo 300B em 1956 e deu sequência a uma linhagem de alta performance, que se encerrou com o 300L, em 1965. Para capitalizar sobre o prestígio da linha 300, a Chrysler criou uma versão mais simples em 1962: o 300 Sport.

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Posicionado logo acima do modelo de entrada Newport, o 300 Sport tinha três opções de carroceria: sedã hardtop, cupê hardtop e conversível. O objetivo da Chrysler era associar luxo e requinte à esportividade que as divisões Dodge e Plymouth estavam conquistando nas ruas e autódromos.

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CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300
Foram produzidas apenas 2.500 unidades do conversível, em 1966. (Fernando Pires/Quatro Rodas)

A fábrica ofereceu como item de série um V8 de 383 polegadas cúbicas (6,3 litros) e 305 cv. Entre os opcionais havia o V8 de 6,8 litros, com potência variando de 340 a 380 cv. Mesmo equipado com o câmbio automático TorqueFlite A727 de três marchas, o 300 Sport era mais acessível que o 300H.

O resultado não poderia ter sido melhor: foram comercializadas mais de 24.000 unidades em seu ano de estreia. A maior novidade para 1963 foi a série especial Pace Setter, criada para celebrar o uso do Chrysler 300 como carro-madrinha das 500 Milhas de Indianápolis.

Foram produzidos cerca de 300 cupês e 1.800 conversíveis desta edição limitada. O modelo 1964 perdeu o sobrenome “Sport” e foi o último com estilo influenciado pelo designer Virgil Exner.

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CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300
Lanternas exclusivas diferenciavam o 300 dos Newport e New Yorker (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Desenhada por Elwood Engel, uma carroceria inteiramente nova foi apresentada em 1965, com linhas limpas e elegantes e um ligeiro acréscimo na distância entre os eixos e no comprimento total. Sua vocação esportiva era evidenciada pelo V8 6.8 e 360 cv com opção do câmbio manual de quatro marchas acionado.

O sucesso do “primo pobre” 300 resultou no encerramento da produção do Chrysler 300L. O conversível que ilustra esta reportagem integra o primeiro ano de produção exclusiva do 300 (sem estar acompanhado por uma letra), que em 1966 atingiu a extraordinária marca de 49.598 unidades produzidas. Foi a primeira a oferecer o V8 TNT, 7.2 com 370 cv como opcional.

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No modelo 1967, o 300 tornou-se maior e mais largo e o antigo motor de 6.3 deixou de ser oferecido. O cupê hardtop de duas portas aderiu à moda fastback, adotando um teto com queda suave. Um salto de popularidade ocorreu no modelo 1968, o primeiro com faróis ocultos atrás da grade: as vendas cresceram 58%.

CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300
Ar-condicionado, rádio AM/FM e apoio de braço central basculante para acomodar o sexto passageiro (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Ainda maior, a carroceria do modelo 1969 foi a primeira desenhada no estilo Fuselagem, caracterizada por para-choques integrados, vidros de perfil baixo e laterais curvas com inspiração aeronáutica. O cupê, o conversível e o sedã recebiam a denominação Three Hundred (por extenso) e não escondiam a intenção da Chrysler de ainda associá-los ao sucesso dos muscle cars.

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O ápice do Chrysler 300 ocorreu em 1970, por ocasião do lançamento da série especial Hurst. Limitada a 501 unidades (500 cupês e 1 conversível), foi desenvolvida em parceria com o inventor George Hurst, criador do lendário trambulador de câmbio. Pintura em dois tons de branco e dourado e rodas Rallye com pneus Goodyear Polyglas harmonizavam elegância e esportividade.

CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300
Painel com velocímetro em escala circular. Piloto automático era um dos opcionais mais populares (Fernando Pires/Quatro Rodas)

Entre seus concorrentes estavam o Oldsmobile 442, o Buick GSX e o Mercury Cougar Eliminator. Mesmo medindo 5,71 metros e pesando 2.032 kg, era capaz de acelerar de 0 a 60 milhas (96 km/h) em 7,1 segundos e percorrer 400 m em 15,9 segundos. Sua velocidade máxima era de 211 km/h graças aos 375 cv do V8 de 7,2 litros.

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A produção do Chrysler 300 foi encerrada no modelo 1971, ano em que o conversível já não era mais oferecido. Retornou brevemente em 1979 como um pacote de alta performance do Chrysler Cordoba e 20 anos depois como 300M, com tração dianteira e motor V6. Foi apenas em 2005 que o Chrysler 300 retornou com motor V8 e tração traseira, ainda hoje produzido pela Stellantis North America.

CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300

Ficha técnica – CHRYSLER 300 SPORT / CHRYSLER 300

  • Motor: 8 cilindros em V de 6,3 litros; Torque: 58,7kgfm a 2.900 rpm; Potência: 330 cv a 4.800 rpm
  • Câmbio: automático de 3 velocidades, tração traseira
  • Carroceria: aberta, 2 portas, 6 lugares
  • Dimensões: comprimento, 563 cm; largura, 202 cm; altura, 139 cm; entre-eixos, 315 cm peso, 2.295 kg
  • Desempenho: aceleração de 0 a 96 km/h: 7,7 segundos; velocidade máxima de 193 km/h

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