Ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump disse na última quarta-feira (27) que a greve dos trabalhadores das fabricantes de automóveis no país não importa, porque o crescimento da indústria de veículos elétricos tornaria os funcionários obsoletos. Funcionários de GM, Ford e Stellantis estão em greve desde o último dia 15 e pleiteiam aumento dos salários em 40%.
O argumento de Trump é o de que as fabricantes norte-americanas não resistirão ao maciço investimento que elas estão fazendo nos carros elétricos e acumularão perdas nos próximos anos. “Não faz a menor diferença o que vocês recebem, porque em dois anos todos vocês estarão fora do mercado”, disse a trabalhadores reunidos em um fornecedor não sindicalizado nos arredores de Detroit.
O empresário optou por não comparecer ao segundo debate presidencial republicano na noite de quarta-feira, e mantém o ataque à promoção do atual presidente Joe Biden aos carros elétricos no país.
Na terça-feira Biden se juntou aos protestantes em solidariedade ao sindicato UAW (United Auto Workers) e apoiou o aumento salarial de 40%, além do pleito por melhores condições de trabalho.
Trump foi chamado de “charlatão bilionário” pelo atual presidente, dizendo que o empresário não se importa com a classe trabalhadora. E afirmou que opositor apoiou políticas pró-empresariais que transferiram empregos para o exterior na época de seu mandato.
As montadoras disseram que as regras estabelecidas no governo Biden que promovem os carros elétricos correm risco de sobrecarregar as empresas por conta do excesso de custo, podendo induzi-los à falência. Mas elas tem estímulos do governo para atualizar suas fábricas e seus produtos. Os carros elétricos representaram 8,9% do mercado norte-americano no primeiro semestre de 2023.