Cadillac mais luxuoso da história, Celestiq tem tela de 55 pol no painel
Sedã elétrico de ultra luxo quer enfrentar a Rolls-Royce oferecendo muita tecnologia embarcada
Meses depois de aparecer na forma de conceito, o Cadillac Celestiq se apresenta em sua versão definitiva. Ele representa a concretização de um velho desejo da Cadillac: o de ter um carro de ultra luxo, no nível de Rolls-Royce e Bentley. Mas são novos tempos e o Celestiq é elétrico.
O Cadillac Celestiq tem sua própria plataforma, mas segue a arquitetura Ultium usada nos carros elétricos mais recentes da General Motors. É um carro com dois motores que, juntos, somam 608 cv e 88,4 kgfm alimentado por um conjunto de baterias de 111 kWh. Se acelera de 0 a 96 km/h (60 mph) em 3,8 segundos, sua autonomia é de 483 km.
Nisso, vale um parênteses: a bateria do Celestiq suporta carregamento rápido a até 200 kW e recupera 26 km de alcance em apenas 10 minutos. Mas há carros elétricos, como o próprio GMC Hummer EV, baseado na plataforma Ultium, que já suportam 350 kW.
Se não tem a arquitetura elétrica mais robusta, tem, nas palavras da Cadillac, o maior refinamento em termos de “condução sem sacrifícios”. Nisso entra a suspensão com molas pneumáticas adaptáveis, amortecedores magnéticos também ajustáveis. As suspensões dianteira e traseira têm cinco pontos de ancoragem e isoladores que blindam a cabine das imperfeições do piso.
Ainda tem o esterçamento das rodas traseiras em até 3,5 graus para melhorar a manobrabilidade em baixa velocidade ou a estabilidade em alta velocidade. Esses sistemas são fundamentais para o sistema de controle ativo da carroceria e para a direção elétrica que ajusta automaticamente sua relação de acordo com a situação e com a velocidade.
Há, também, algumas estratégias de fabricação inovadoras. O assoalho, por exemplo, é composto por seis componentes de alumínio fundido em areia, que eliminam entre 30 e 40 componentes em comparação com o processo de estampagem usual. Ainda tem 115 peças impressas em 3D, como os botões dos vidros, alças, acabamento do console e peças estruturais. A carroceria em si ainda combina metais com fibra de carbono.
Bastante fiel ao conceito, o Cadillac Celestiq têm faróis com microespelhos e mais de 1,3 milhão de pixels por lado. O teto de vidro é dividido em quatro zonas e podem controlar a luminosidade que invade a cabine de forma independente, algo que o BMW iX oferece mas com apenas um controle.
Para fazer jus ao fato de ser o Cadillac mais luxuoso das últimas décadas, o Celestiq ainda tem spoiler traseiro ativo, portas com abertura e fechamento elétricos e rodas de alumínio forjado de 23 polegadas com pneus Michelin Pilot Sport EV.
Na cabine, a sofisticação continua com uma tela de 55 polegadas que percorre o painel de ponta a ponta, integrando quadro de instrumentos, central multimídia e uma tela para o carona. Ainda tem uma tela de 11 polegadas no console central e outra de oito polegadas para os passageiros dos bancos traseiros, que ainda têm telas individuais de 12,6 polegadas.
Com tanta tela, falta algo impactante no interior com elementos minimalistas. Seria o ar-condicionado de quatro zonas, os apliques de couro ou os metais anodizados e polidos a mão? Ou os 450 leds da iluminação interna, ou o sistema de som AKG com 38 alto-falantes ou os bancos ventilados e aquecidos com função capaz de aquecer os pescoços? Difícil dizer.
De toda forma, é um carro tecnológico. Ainda tem o sistema de direção semi-autônomo Ultra Cruise e diversas opções de personalização, para se adequar ao gosto de cada comprador. Pudera: os primeiros proprietários receberão seus carros apenas em dezembro de 2023 e terão que desembolsar cerca de 300.000 dólares, mais de 1,5 milhão de reais.