Honda e:Ny1 é ‘clone elétrico’ do HR-V, mas vai muito além das aparências
Além de modificações pontuais (mas significativas) no visual interno e externo, o SUV elétrico é feito em uma nova plataforma
Segundo carro elétrico da Honda, o e:Ny1 é um SUV compacto com nome confuso e cara de HR-V. Ele chegará à Europa até o final deste ano para brigar com Peugeot e-2008 e Hyundai Kona, dois conhecidos do mercado brasileiro. Mas é bom não alimentarmos esperanças de tê-lo no Brasil.
Não se deixe, porém, levar pelas aparências: o e:Ny1 não é apenas “um HR-V elétrico”, a começar pela plataforma na qual é baseado. A e:N Architecture F é exclusiva para carros elétricos, com alta rigidez (47% de aço de alta resistência), baixo centro de gravidade e aerodinâmica aprimorada para permitir, segundo a marca, “uma condução divertida e que inspire confiança”.
Esta base é dedicada a modelos com tração dianteira, como é o caso do SUV. Ele é puxado por um motor elétrico de 204 cv de potência e 31,6 kgfm de torque, alimentado por uma bateria de 68,8 kWh. A Honda não divulga mais números de desempenho, mas promete uma autonomia de 412 km no ciclo WLTP.
Por fora, a aparência do elétrico é praticamente a mesma do HR-V, mas com mudanças significativas para se afastar do “irmão” a combustão. A dianteira adota novo para-choque e fecha a grade superior que, aparentemente, se abre para revelar o bocal de recarga. Os faróis full led são os mesmos.
De lado, o e:Ny1 se diferencia apenas pelas rodas de 18 polegadas com pneus 225/50, com desenho aerodinâmico exclusivo e acabamento diamantado.
A traseira poderá dar ideias de futuras modificações aos donos de HR-V, já que as lanternas (de led) têm iluminação que percorrem toda a tampa do porta-malas. No modelo a combustão, a barra iluminada é interrompida pelo logo da Honda, que se transforma no nome da marca por extenso e fica abaixo das lanternas, no e:Ny1.
Se o exterior do SUV elétrico tem diferenças apenas pontuais, o interior se afasta mais do visto no HR-V. Permanecem, basicamente, os painéis de porta, o volante e as saídas de ar.
O quadro de instrumentos dá lugar a uma tela destacada (sem tamanho revelado pela marca) e, a central multimídia, antes “flutuante” no topo do painel, agora é representada por uma enorme tela de 15,1 polegadas vertical. O console central adota um novo layout, com os comandos do câmbio por botões.