Para a era dos elétricos, a Hyundai investiu pesado em uma nova plataforma, que também vem sendo usada pela Kia. A ideia é padronizar tecnologias avançadas — barateando o que for possível — ao mesmo tempo que dá liberdade para os designers. Parece que vem dando certo.
Se os estreantes da plataforma E-GMP, Kia EV6 e Hyundai Ioniq 5, já eram bem diferentes, o recém-apresentado Ioniq 6 vai além. Com dianteira que lembra um Porsche, o novo elétrico da sul-coreana pode lembrar de um disco voador (como mostra seus primeiros rascunhos) a uma “pedra esculpida pela água”, como diz a Hyundai. Sem dúvidas, é diferente.
Exterior
As primeiras imagens do Hyundai Ioniq 6 vazaram há algumas semanas, de modo que a Hyundai divulgou fotos oficiais na sequência. Agora sabemos detalhes como as dimensões do modelo, com 4,8 m de comprimento e entre-eixos de impressionantes 2,95 m. A altura do carro não passa de 1,49 m, mesmo com rodas de aro 20 esculpidas aerodinamicamente. Não é tão comprido quanto um Azera de última geração, mas o entre-eixos é quase 20 cm maior.
Além da forma esbelta, com apenas 0,21 de coeficiente aerodinâmico, o Ioniq 6 exibe mais de 700 quadradinhos luminosos que a Hyundai chamada de “pixels paramétricos”. Eles são a nova paixão da marca, que vem baseando a assinatura luminosa dos Ioniq no recurso, retrô e moderno ao mesmo tempo.
Jogo de luzes
A atenção às luzes também vale para a cabine, que foi projetada a fim de ser um “casulo” que dá aos ocupantes um ambiente aconchegante, pacífico e relaxante. Para tanto, a iluminação da primeira fileira é sincronizada com a direção, e o jogo de luzes pode ser configurado em 64 cores diferentes.
Tudo isso funciona em sincronia com sons artificiais, que quebram o silêncio do elétrico com barulhos de espaçonave e outras texturas. “O Ioniq 6 conecta uma convergência emocional de funcionalidade e estética”, filosofa SangYup Lee, vice-presidente executivo do centro de design da montadora.
Performance
O Hyundai Ioniq 6 oferece automação praxe no segmento dos novos elétricos, sendo capaz de se manter em faixas de rodovia por conta própria e reconhecer limites de velocidade a partir de placas de trânsito, por exemplo.
Mas pode ser que isso melhore, já que esse é o primeiro modelo da fabricante a oferecer atualizações via internet. Remotamente, será possível atualizar e melhorar dispositivos elétricos, direção autônoma e bateria do carro, além de recursos de multimídia.
A montadora acredita que até a autonomia do modelo pode melhorar — inicialmente, a versão de longo alcance terá baterias de 77,4 kWh, suficientes para mais de 610 km (WLTP). Essa variante tem opção de tração integral, com um motor em cada eixo e somatório de 325 cv e 61,7 kgfm que levam-no de 0 a 100 km/h em 5,1 s.
Mesmo as versões mais baratas, com 53 kWh de baterias, suportam carregamento extremamente rápido, de 350 kW e corrente direta. Quem der a sorte de encontrar com um desses pelo caminho gastará 18 minutos para ir de 10% a 80% de carga.