A Mercedes-Benz, ao que parece, encerrou o planejamento da plataforma de próxima geração para os sucessores do EQS e EQE devido às baixas vendas do modelos na atual geração, informou a publicação alemã Handelsblatt , citada pela Autocar.
Batizada de MB.EA Large, a plataforma deveria ser lançada apenas em 2028. Com o seu cancelamento, a Mercedes economizará de US$ 4,3 bilhões a US$ 6,5 bilhões em custos de desenvolvimento, de acordo com fontes.
As vendas de carros elétricos da montadora alemã não vão muito bem, tanto que este é um dos motivos pela desistência do novo projeto de plataforma.
No ano passado, a Mercedes nos Estados Unidos vendeu um total de apenas 43.202 modelos elétricos, sendo um aumento de 248% em relação a 2022. Porém, esse número está longe de ser impressionante. A Rivian, que ainda é uma startup, vendeu pouco mais de 50.000 unidades de carros elétricos no ano passado.
Além disso, o ano de 2024 não parece muito promissor para a marca no segmento. No primeiro trimestre, a Mercedes relatou um declínio de 4,5% em comparação ao mesmo período do ano passado nos EUA, resultando em apenas 8.336 unidades.
Juntamente com o desenvolvimento da plataforma MB.EA Large, há também o projeto para a arquitetura MB.EA Medium, que segue sendo projetada. Essa será usada usada na próxima geração do do sedã e SUV EQC.
Porém, mesmo com o fim do desenvolvimento da MB.EA Large, uma atualização para os sucessores dos atuais EQS e EQE ainda está de pé, mas em uma versão atualizada da plataforma EVA2, utilizada atualmente nos principais modelos elétricos da empresa.
De acordo com o Autocar, a arquitetura, que atualmente é de 400 V, será atualizada para um sistema de 800 V nas próximas gerações do EQS e EQE. As baterias também serão maiores e os motores mais eficientes.
Há também algumas outras plataformas em desenvolvimento pela montadora alemã, sendo a MMA, projetada para modelos elétricos compactos e a combustão, a MB.AMG para esportivos e a MB.Van para veículos comerciais.
Essa mudança de última hora na Mercedes ocorre após o adiamento de sua meta de eletrificação de 50% da frota entre 2025 e 2030. A marca mudou seu plano para vender apenas carros elétricos em certos mercados até o ano de 2030.