Black Friday: assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Número de marcas chinesas no Brasil vai dobrar em 2024; conheça as novatas

Mesmo com aumento de impostos, o Brasil é destaque nos planos das fabricantes chinesas. O número de chinesas no Brasil poderá dobrar até o final de 2024

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 jul 2024, 14h48 - Publicado em 29 jul 2024, 13h00
ABre Lançamentos China
Tecnologia do Leapmotor C10 interessou à Stellantis, O Leapmotor T03 é tão simplório e barato quanto um Kwid elétrico, Emkoo, SUV médio híbrido da GAC: fabricante já tem razão social no Brasil (Divulgação/Quatro Rodas)
Continua após publicidade

Brasil se tornou o maior importador de carros chineses eletrificados do mundo, com o desembarque de 40.163 unidades, apenas em abril, de acordo com a Associação Chinesa de Carros de Passageiros (CPCA).

Esse volume foi 13 vezes maior, na comparação com o mesmo mês em 2023, e esse crescimento está provocando até falta de contêineres, porque os navios dedicados a automóveis (RoRo), sozinhos, não estão dando conta dos fretes. Tudo isso é reflexo da pressa das marcas chinesas que atuam no Brasil. Enquanto muitas se preparam para chegar.

Hoje, Chery, BYD, GWM e JAC são as marcas de automóveis chineses que atuam no Brasil. Mas mas o número de marcas chinesas no Brasil vai mais que dobrar antes que o ano acabe com a estreia já confirmada de Neta Motors, Omoda, Jaecoo, Zeekr e Riddara. E poderá triplicar até meados de 2025, pois há muitas outras com bastante pressa para estrear no Brasil, como você verá a seguir.

A pressa se dá, também, pela iminência da cobrança total do imposto de importação para carros elétricos e híbridos, que estava zerado desde 2015. Na virada deste ano, passou a 12% para híbridos e 10% para elétricos. No início de julho passou a ser de 25% para híbridos leves, 20% híbridos plug-in e 18% elétricos. E haverá novos aumentos em julho de 2025 e 2026 até chegar a 35% de imposto para todos os eletrificados importados.

BYD King
BYD King (Divulgação/BYD)

Os preços subirão, por isso as fabricantes correm para trazer mais unidades pagando alíquotas menores enquanto há tempo. A BYD, por exemplo, enviou seu próprio navio RoRo para o Brasil com mais de 5.000 carros em maio. Entre eles estavam os novos BYD King e Song Pro.

Continua após a publicidade

A GWM correu para trazer uma nova versão intermediária do Haval H6 PHEV, com bateria de 19 kWh e apenas tração dianteira, por R$ 239.000 – é R$ 40.000 mais barato que a versão de 34 kWh e tração integral.

mg4
MG4 é um hatch que figura entre os elétricos mais vendidos da Europa (Divulgação/Quatro Rodas)

Ambas as marcas já se preparam para começar a montar carros no Brasil, a partir de 2025, como a Chery faz desde 2014. Nos próximos anos, elas apostarão em submarcas de luxo. A GWM lançará as Wey e Tank, enquanto a BYD quer trazer a Denza, a Yangwang e a FangChengBao.

Denza D9
Denza D9 (Divulgação/Denza)

As empresas que estão a caminho do Brasil não terão tempo para manobras. A Omoda & Jaecoo começa a vender carros aqui em agosto. A estreia será com o SUV médio Omoda 5, em versões híbrida leve e elétrica, e com o SUV também médio Jaecoo 7, um híbrido plug-in, que chega até outubro. São carros que terão preços entre R$ 160.000 e R$ 230.000. Os planos da O&J, que pertence à Chery Internacional, inclui fábrica no Brasil e carros híbridos flex.

Na ordem, os Jaecoo 8, Jaecoo 7 e Omoda E5
Na ordem, os Jaecoo 8, Jaecoo 7 e Omoda E5 (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

A Neta, outra marca estreante, que pertence ao grupo chinês Hozon, vai pelo mesmo caminho: tem lançamento previsto para agosto e almeja fábrica no Brasil. A Neta apostará tanto no cupê esportivo Neta GT quanto em SUVs: um compacto elétrico Aya e outro médio Neta L.

hozon neta gt
Neta L será o primeiro cupê elétrico vendido no Brasil (Divulgação/Quatro Rodas)

Depois, será a vez da Zeekr, que iniciará a importação de seus carros de luxo elétricos em setembro com o cupê de quatro portas 001 – mostrado na edição 775, em novembro de 2023, logo que foi lançado na Europa – e o SUV médio Zeekr X, que custarão entre R$ 300.000 e R$ 500.000.

Continua após a publicidade
Polestar 3
Polestar 3 (Divulgação/Polestar)

A Geely, dona da  Zeekr e Volvo, não teme a rivalidade na família e ainda incluirá a Polestar na briga. A antiga preparadora da Volvo hoje faz elétricos esportivos e sua estreia no Brasil foi anunciada para 2025.

zeekr_001
Zeekr 001 mira nos clientes dos Audi e-tron (Zeekr/Divulgação)

Base aliada

Quem também quer aproveitar o baixo custo de produção e a tecnologia dos elétricos chineses é a Stellantis. O conglomerado comprou 20% da startup Leapmotor, criou uma joint venture que será responsável pela fabricação de elétricos para a Stellantis e garantiu os direitos de venda e exportação fora da China.

Leapmotor C10 2025
Leapmotor C10 (Divulgação/Leapmotor)

A estreia no Brasil será no começo de 2025 com o compacto T03 (tão simplório quanto um Kwid elétrico) e o sofisticado SUV médio C10 (sim, o mesmo nome da velha picape Chevrolet) com plataforma e eletrônica de última geração baseada em processadores Snapdragon e chips Nvidia.

BYD Shark
(Divulgação/BYD)

Até o mercado de picapes terá novos representantes chineses. A híbrida BYD Shark será lançada entre agosto e setembro, mas antes chega a Foton Tunland em duas versões híbridas leves. A Foton, que atua com caminhões no Brasil há mais de dez anos, dispensou o antigo importador para assumir suas operações no Brasil e vai entrar no segmento de picapes médias em 2025.

Tunland

Continua após a publicidade

A JAC, que está no Brasil desde 2011 e passou um período vendendo apenas elétricos, lançará uma picape a diesel: a Hunter é uma atualização da elétrica iEV-300P, de 2020. E existe a possibilidade de ter um hatch elétrico para rivalizar com o BYD Dolphin, chamado Yiwei 3. Mas isso ainda está sendo discutido com o representante no Brasil, o grupo SHC.

JAC T9 Hunter
JAC T9 Hunter (Divulgação/JAC)

Ainda no segmento de picapes, outra que está a caminho é a Riddara RD6, uma elétrica monobloco vendida como Radar RD6 na China. Essa é mais uma das marcas do grupo Geely, mas só tem esse produto por enquanto. A RD6 estreia em setembro em versões de 272 cv e tração traseira a partir de R$ 249.990.

Riddara RD6 Luxury
Riddara RD6 (Fernando Pires/Quatro Rodas)

E há também empresas como a SAIC, que faz carros, mas por aqui e, ao menos por enquanto, terá uma fábrica em Minas Gerais para fornecer motores pesados da marca XCMG. Para o futuro, a SAIC estuda o relançamento da MG (antiga marca inglesa comprada pelos chineses) com carros elétricos e híbridos. A MG chinesa já teve carros vendidos no Brasil, trazidos por importadores independentes, em 2011.

MG4-EV-XPower
MG 4 (MG/Divulgação)

Outra que estuda o Brasil há alguns anos, mas com discrição, é a GAC, que atua com marca homônima e com as subsidiárias Aion (focada em elétricos e que vem crescendo rapidamente na China) e Trumpchi.

GAC Trumpchi Emkoo (1)
GAC Trumpchi Emkoo (Divulgação/GAC)

A intenção seria vender carros a combustão e híbridos no Brasil e representantes da empresa chegaram a se reunir há alguns meses com o governador do Amapá, Clécio Vilhena, com o objetivo de negociar uma fábrica no estado – que não tem montadoras. A empresa já está presente no Chile e no México com muitas opções de SUVs híbridos e a combustão, mas ainda sem carros elétricos.

Continua após a publicidade
NETA-Lvdfd
Neta L tem versões elétrica e híbrida EREV (Divulgação/Quatro Rodas)

Ritmo diferente

Vale observar que, com exceção da Riddara, as novas marcas têm operação bancada pela matriz chinesa e vislumbram, pelo menos, uma linha de montagem no Brasil. É um arranjo diferente do que se vê com a JAC, importada pela SHC, e a Chery, que tem operação dividida com a Caoa. E ambas estão em um outro momento com seus produtos.

Caoa Chery Tiggo 7 2025
Chery Tiggo 7 PHEV (Divulgação/Chery)

Enquanto a JAC volta aos veículos a combustão após ter se concentrado nos elétricos, a Chery tirou o pé dos elétricos: o Arrizo 5 EV saiu de linha e o iCar conserva apenas uma relevância discreta dentro da linha. O foco é mesmo nos híbridos: a Caoa prepara a nacionalização do Tiggo 8 Pro PHEV e ainda o inédito Tiggo 7 Pro PHEV, também montado no Brasil.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY
Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês

ou
BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Quatro Rodas impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 10,99/mês

ou
ou ainda

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.