Concessionários Ford que desejarem vender elétricos nos Estados Unidos deverão seguir à risca uma série de regras estabelecidas pela fabricante. Entre elas, investimentos milionários de infraestrutura e a proibição de qualquer negociação que envolva descontos nos modelos movidos a energia elétrica.
De acordo com a Automotive News, os lojistas da marca poderão escolher entre dois níveis de certificação para que possam comercializar elétricos no país. A escolha deverá ser feita até o próximo dia 31 de outubro e, quem perder a data ou não desejar pela adesão, só poderá voltar atrás em 2027, quando um novo credenciamento deverá ser aberto pela Ford.
O primeiro nível é chamado de Model e Certified, no qual os concessionários poderão vender e realizar manutenções em elétricos, mas não terão direito a unidades de demonstração e estoque. Ou seja, as vendas serão apenas por encomendas. Para isso, o investimento será de US$ 500.000, ou cerca de R$ 2,6 milhões.
Já no modo superior, o Model e Certified Elite, o lojista terá direito a estoque, modelos de demonstração, ao menos dois carregadores rápidos DC (sendo um exclusivamente para uso público). Mais do que o estoque, aliás, ele terá uma cota anual de elétricos garantida. O investimento quase dobra e vai a US$ 900.000, ou R$ 4,7 milhões em conversão direta.
Porém, seja qual for o nível escolhido, o concessionário terá quer seguir um plano de cinco pilares: treinamento, cobrança, comércio eletrônico, experiências físicas e experiências digitais. Em “comércio eletrônico”, um dos tópicos estabelece que as revendas não aceitem pechinchas, ou seja, não pratiquem descontos nos modelos elétricos.
Para garantir que não sejam dados descontos, a Ford fará pesquisas de pós-vendas com os clientes, nas quais abordará o tema.