A Toyota foi a primeira fabricante a lançar um carro híbrido flex no Brasil, há quatro anos e ainda é a única com a tecnologia. Agora, deu o primeiro passo para fabricar carros híbridos plug-in flex no Brasil.
A fabricante japonesa anunciou que não só iniciou testes internos utilizando etanol em conjunto com mecânica híbrida plug-in, como disse que os primeiros estudos se mostram promissores. O carro usado, como mostram as imagens, foi um Toyota RAV4 plug-in, diferente da versão vendida no Brasil.
Quatro Rodas já experimentou o Toyota RAV4 plug-in. Na configuração original, seu motor 2.5 a gasolina de ciclo Atkinson gera 185 cv, enquanto os elétricos agregam outros 236 cv, dos quais 182 cv fornecidos pela unidade montada na dianteira e 54 cv pelo propulsor, na traseira. Ele pode chegar aos 135 km/h em modo elétrico, desde que a bateria tenha pelo menos 10% de carga.
A propósito a bateria tem 18,1 kWh e garante alcance de 75 km no modo elétrico entre cidade e estrada. Como a bateria tem maior capacidade, ela precisa ser recarregada em tomada ou estações de recarga.
Os experimentos visam a fabricação nacional de carros com essa tecnologia.
A montadora vê o etanol como parte fundamental para que a eletrificação avance no país, devido à sua infraestrutura já existente. Além disso, ele seria uma alternativa mais ‘verde’ que a gasolina, levando em consideração que ele é um derivado da cana-de-açúcar e emite uma quantidade menor de CO2.
“Partindo do princípio de que o híbrido flex possui um dos mais altos potenciais de compensação e reabsorção na emissão de CO2 gerado desde o início do ciclo de uso do etanol extraído da cana-de-açúcar, passando pela disponibilidade nas bombas de abastecimento e sua queima no processo de combustão do carro, estamos animados com os testes em um híbrido plug-in”, afirma Rafael Chang, presidente da Toyota do Brasil.
Com o sucesso dos testes dos híbridos flex, o próximo passo da Toyota é a produção nacional desses modelos. Pelas fotos divulgadas, o primeiro modelo testado com esse sistema é um RAV4, mas infelizmente, não há detalhes de como ele funciona, tão pouco de qual é a potência dos motores.
“É importante ressaltar que esses testes estão alinhados com nossos planos de futura produção nacional de veículos PHEV-FFV (híbridos plug-in flex fuel), reforçando nosso compromisso com a inovação e o crescimento sustentável da indústria nacional, e que se traduz em geração de empregos e benefícios para a economia”, completou o presidente da Toyota do Brasil.