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União Europeia estuda ter brecha para manter carros a combustão após 2035

Os combustíveis sintéticos seriam uma alternativa para que carros a combustão seguissem existindo na Europa

Por Guilherme Fontana Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 25 mar 2023, 23h55 - Publicado em 24 mar 2023, 19h55
Novo Porsche 911 GT3 Cup correrá com gasolina sintética já em 2022
Novo Porsche 911 GT3 Cup correrá com gasolina sintética já em 2022 (Divulgação/Porsche)
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A União Europeia já bateu o martelo para o fim dos carros a combustão. A partir de 2035, todos os carros deverão ser elétricos e nenhum novo modelo a diesel ou gasolina poderá ser comercializado na Europa. Porém, a Comissão Europeia já estuda mais uma brecha: permitir a venda de veículos movidos a combustíveis sintéticos, que não poluem e não usam petróleo.

A discussão ganhou força por pressão da Alemanha, que é um dos países do bloco a se opor às novas regras – entre eles a Itália, Hungria e Polônia. Não por acaso, já que Alemanha e Itália estão entre as fabricantes de automóveis que têm investido no desenvolvimento de combustíveis sintéticos. O maior exemplo é a Porsche, que já produz gasolina sintética em Punta Arenas, no Chile.

Gasolina Sintética
Amostra de combustível produzido em laboratório (Divulgação/Quatro Rodas)

Com isso, a União Europeia elaborou um plano que sugere a criação de uma nova categoria de veículos. De acordo com a agência Reuters, que teve acesso aos documentos, o plano diz que os veículos precisarão ter algum tipo de sistema que bloqueie o funcionamento do motor caso ele seja abastecido com outro combustível que não o sintético.

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Um sistema como esse, porém, poderia complicar a vida das empresas, forçando-as a desenvolver motores totalmente novos – o que aumentaria os custos e geraria certa inviabilidade. O ministro dos transportes da Alemanha, Volker Wissing, teria dito a fontes que espera ver melhorias nos planos da Comissão Europeia.

O eFuel é resultado de reações químicas
O eFuel é resultado de reações químicas (Reprodução/Audi)

A transição para um futuro totalmente elétrico será feita em duas etapas: a primeira, com uma redução de 55% nas emissões por parte das montadoras até 2030. e a segunda, que extingue de vez os modelos com motor a combustão.

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Exceções ou maiores prazos seriam dados a marcas que produzem menos de 10.000 veículos por ano (que teriam um ano a mais para se adequarem) e a empresas cuja produção de veículos é artesanal, como McLaren, Bugatti, Pagani e Koenigsegg. Para estas, um novo prazo ainda não foi estabelecido. Esses direitos seriam assegurados pela Emenda 121, ou “Emenda Ferrari”.

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