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Ford Fusion usado tem força e espaço, mas detalhes exigem cuidado

Sedã mexicano é uma opção para quem busca um sedã com bom custo/benefício devido ao espaço interno, conforto e nível de equipamentos?

Por Felipe Bitu
Atualizado em 4 abr 2024, 10h40 - Publicado em 23 jan 2024, 01h00
Ford Fusion Hybrid
Por fora, só o emblema Hybrid diferencia a versão híbrida  (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)
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Mesmo sendo mexicano, o Fusion é um dos maiores sucessos da Ford no Brasil. O sedã médio/grande sempre se destacou no segmento pelo conforto, desempenho e nível de equipamentos, superando rivais como Hyundai Azera, Toyota Camry e VW Passat.

Estreou no fim de 2012 com o Titanium 2.0 AWD e logo teve fila de espera. Por isso é o mais procurado: o acabamento interno é comparado ao trio Audi, BMW e Mercedes, em que teto solar, chave presencial e freio de mão e banco elétrico são obrigatórios.

Ford Fusion Hybrid
Ford Fusion Hybrid (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

O espaço também é acima da média: os 2,85 m entre os eixos garantem conforto de sobra para cinco e o porta-malas comporta 514 litros.

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O motor 2.0 EcoBoost traz turbo e injeção direta que rendem 234 cv e 37,3 mkgf, transmitidos por uma tração integral: vai de 0 a 100 km/h em baixos 7,4 s. O consumo é comedido frente ao desempenho: 7,9 km/l de gasolina na cidade e 11,1 km/l na estrada.

Painel do Fusion Hybrid é igual ao das demais versões, mas o quadro de instrumentos tem funções específicas
Painel do Fusion Hybrid é igual ao das demais versões, mas o quadro de instrumentos tem funções específicas (Pedro Bicudo/Quatro Rodas)

A mais barata (e menos popular) é a versão SE 2.5 16V Flex. O motor Duratec aspirado tem comando de admissão variável com 175/167 cv. Vai de 0 a 100 km/h em 10,7 s e faz 7,3 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada (etanol).

Mudanças no Fusion foram discretas
Ford Fusion SEL (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Traz câmbio automático de seis marchas, suspensões bem acertadas (McPherson à frente e multilink atrás) e nível de equipamentos é bem atraente: oito airbags, bancos de couro, rodas aro 17, central multimídia Sync, ar digital bizona, piloto automático e controle de estabilidade.

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Ford Fusion Titanium 2.0 GTDi
Ford Fusion Titanium 2.0 EcoBoost (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Entre elas há a Titanium 2.0 com tração dianteira, que traz a mais borboletas para trocas manuais, Isofix, controles de tração e estabilidade, piloto automático, câmera de ré, sensor de ponto cego, assistente de mudança de faixa, monitor de pressão dos pneus e rodas de 18 polegadas.

Levemente reestilizado, o modelo 2017 trouxe o SEL 2.0 EcoBoost, com start-stop, eletrônica recalibrada e nova turbina twin scroll, que fez ir de 234 cv para 248 cv. Já a central é a Sync 3 (tela de 8 polegadas e CarPlay/Android Auto).

Ford Fusion Titanium 2.0 GTDi
O Fusion é o que oferece o maior espaço (Christian Castanho/Quatro Rodas)
Ford Fusion Titanium 2.0 GTDi
Principalmente para os passageiros do banco traseiro (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Todas as versões ganham rodas aro 18 e grade com abertura ativa. A Titanium 2.0 se diferencia pelo som Sony de 12 alto-falantes, sensores de farol e chuva, banco do passageiro com ajuste elétrico e aerofólio.

A 2.0 AWD agrega piloto automático adaptativo, frenagem de emergência e teto solar de série.

Ford Fusion 2.0 Ecoboost
Ford Fusion 2.0 Ecoboost (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Quem roda muito e não tem medo de ousar deve considerar a Titanium 2.0 Hybrid, com dois motores (combustão e elétrico) que somam 190 cv. É um campeão de economia com 21,3 km/l na cidade e 16,2 km/l na estrada, mas é preciso considerar o porta-malas reduzido (de 514 para 392 litros) e a vida útil das baterias.

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Problemas e defeitos do Ford Fusion

Ford Fusion 2.5 Flex
Painel do Ford Fusion 2.5 Flex (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Câmbio automático: A caixa 6F35 requer a troca do fluido a cada 240.000 km, mas verifique se o filtro não está saturado, o que provoca queda de pressão hidráulica e danos nos discos de embreagem. Em casos extremos, a falha de lubrificação danifica a carcaça e as buchas do eixo de saída, constatados por vazamentos.

Injeção direta: Marcha lenta irregular, falhas no funcionamento, aumento no consumo e queda no desempenho são sintomas de pressão insuficiente na linha de combustível. Em geral, o problema está no sensor da linha de baixa pressão.

Ford Fusion 2.0 Titanium
O 2.0 EcoBoost, com turbo e injeção direta, produz 240 cv (Simon Barber/Quatro Rodas)

Suspensão: Devido ao porte, o Fusion não raro apresenta desgaste em amortecedores, batentes, buchas e bieletas. Se as peças estiverem comprometidas, é melhor desistir do negócio ou pedir um grande desconto.

Teto solar: Infiltrações são provocadas por falha na vedação ou obstrução nos drenos de escoamento e evidenciadas por manchas na persiana e no forro do teto. Sinais de oxidação e estalos na abertura e fechamento indicam que o componente precisa de uma revisão completa.

Recalls: Foram cinco chamados: reclinador dos bancos dianteiros, módulo do sistema de segurança e trinco das portas (modelo 2013), caixa de direção (modelos 2013 a 2014) e pré-tensionadores dos cintos dianteiros (modelos 2013 a 2016).

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Preço médio dos Ford Fusion usados (KBB)

Modelo 2013 2014 2015 2016 2017 2018
SE 2.5 16V FLEX
R$ 64.063
R$ 66.602
R$ 72.828
R$ 73.649
R$ 90.000
R$ 91.000
SEL 2.0 16V TURBO
R$ 78.379
R$ 92.110
R$ 95.949
TITANIUM 2.0 16V TURBO
R$ 71.771
R$ 74.634
R$ 80.882
R$ 88.734
R$ 104.117
R$ 107.823
TITANIUM 2.0 16V TURBO AWD
R$ 72.023
R$ 74.923
R$ 87.912
R$ 91.697
R$ 108.117
R$ 114.624
TITANIUM 2.0 16V HYBRID R$ 78.700
R$ 84.000
R$ 90.000
R$ 100.700
R$ 115.000
R$ 123.000

Ford Fusion 2.0 Ecoboost

Preços das peças do Ford Fusion

Peças Original Paralelo
Para-choque dianteiro R$ 4.670 R$ 4.600
Farol (cada lado) R$ 5.576 R$ 1.150
Pastilhas de freio (jogo dianteiro) R$ 230 R$ 390
Disco de freio (par) R$ 150 R$ 283
Amortecedores (o jogo) R$ 2.600 R$ 2.446

Ford Fusion 2.0 Titanium

Opinião do proprietário de Ford Fusion

  • Nome: Henrique Muniz de Carvalho
  • Idade: 43 anos
  • Profissão: empresário
  • Cidade: Belo Horizonte (MG)

O que eu adoro: “Estilo atual mesmo após vários anos. Um típico sedã americano com muito espaço e um motorzão para ninguém botar defeito. O consumo é baixo considerando o peso e o desempenho excepcional.”

O que eu odeio: “Estilo atual mesmo após vários anos. Um típico sedã americano com muito espaço e um motorzão para ninguém botar defeito. O consumo é baixo considerando o peso e o desempenho excepcional.”

Nós dissemos

Ford Fusion 2.5 Flex
Segunda geração do Fusion (Marco de Bari/Quatro Rodas)

Outubro de 2012 “O painel usa materiais suaves, acolchoados e sem brilho, para refletir o mínimo possível no para-brisa. (…) O espaço é acima da média. Até o quinto passageiro não tem do que reclamar, pois o túnel no piso não é alto e o teto deixa espaço para a cabeça de quem tem mais de 1,80 m. (…) A suspensão também é confortável, mas sem exageros.

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Camry XLE V6, modelo 2006 da Toyota, testado pela revista Quatro Rodas.
Camry XLE V6, modelo 2006 da Toyota, testado pela revista Quatro Rodas. (Acervo/Quatro Rodas)

Toyota Camry A sétima geração (2012-17) é uma escolha mais discreta para quem quer conforto, potência e confiabilidade. Tem um V6 3.5 de 277 cv com comandos de válvulas e coletor de admissão variáveis. O perfil maduro dos donos facilita a procura: é comum achar um Camry pouco rodado e bem cuidado – suas peças são facilmente encontradas.

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