Maior, mais eficiente e mais bem equipado que o antecessor, o Honda City 2015 deixou de ser só um mini-Civic: a segunda geração ganhou porte e presença de sedã médio sem abrir mão das qualidades que fizeram dele um dos automóveis mais desejados do segmento.
A versão de maior sucesso do Honda City é a LX, com câmbio automático CVT, airbags frontais, cintos de três pontos para todos, banco traseiro bipartido com três encostos de cabeça e Isofix, direção elétrica, ar-condicionado convencional, rádio/CD player/MP3/Bluetooth e rodas de liga aro 16.
A mais segura é a top, EXL, que desde a linha 2016 oferece seis airbags (frontais, laterais e de cortina). No pacote você leva bancos e volante revestidos de couro, apoio de braço para o motorista, uma central multimídia com GPS integrado à tela de 7 polegadas e ar digital com comandos touchscreen.
A EXL e a intermediária, EX, trazem câmbio CVT com modo esportivo e sete marchas virtuais, trocadas manualmente por borboletas no volante. Há ainda piloto automático, ar digital, som com tela de 5 polegadas, câmera de ré, faróis de neblina, retrovisores com repetidores dos piscas e maçanetas externas cromadas.
Todas as versões são impulsionadas pelo veterano motor 1.5 VTEC, com 115/116 cv de potência e 15,2/15,3 kgfm de torque queimando gasolina e etanol, respectivamente.
É um automóvel tipicamente familiar: seus 2,6 metros entre os eixos garantem espaço para cinco adultos e o porta-malas, de 536 litros, é uma de suas maiores virtudes.
Se o orçamento estiver apertado, é melhor procurar a versão de entrada, DX, equipada com câmbio manual de cinco marchas. É caracterizada pelo acabamento simplório, com rodas de aro 15 de aço e ausência de cromados na grade e no friso traseiro. A DX com câmbio CVT surgiu apenas em 2016 para atender o mercado PcD.
A partir do modelo 2018 o visual é muda com nova grade, para-choques e lanternas redesenhados para encarar os novatos Fiat Cronos, VW Virtus e Toyota Yaris.
Os faróis passaram a ter refletores duplos e luzes diurnas de led. A versão EX ganhou airbags laterais e a EXL luzes de led tanto para o farol baixo como para o alto.
Ainda em 2018 uma nova versão surgiu para oculpar o lugar da variante DX com câmbio CVT. Chamado de City Personal, o modelo se manteve apenas até 2022, quando foi encerrado pela Honda.
Até o fim desta geração em 2021, o Honda City recebeu pouco ajustes no seu visual, apenas pequenas revisões que o deixaram um pouco mais semelhante ao seu irmão maior, o Civic.
Uma das poucas queixas dos donos é a ausência do controle de estabilidade, que mesmo com as atualizações durante a vida desta geração, a Honda não se preocupou muito.
Mas isso não compromete sua aceitação no mercado: é grande o número de entusiastas dispostos a pagar bem por um City, motivados pela fama de inquebrável e a facilidade de reparo na rede autorizada ou em oficinas independentes. Isso, mesmo após o lançamento da terceira geração, em 2021.
Problemas e defeitos do Honda City
CABEÇOTE: O acionamento por tuchos sólidos é uma tradição da Honda e exige atenção especial: o bom funcionamento do motor depende do correto ajuste de folga de válvula e tem influência direta no desempenho.
Deve ser verificado a cada 40.000 km.
CONSERVAÇÃO: O City tornou-se o queridinho dos motoristas de aplicativos. Cheque o histórico de manutenção com cuidado e tente encontrar incoerências entre a quilometragem apresentada, serviços realizados e estado de componentes como estofamento, pedais e volante.
CÂMBIO CVT: O fluido da transmissão CVT deve ser substituído a cada 40.000 km ou 24 meses, o que ocorrer primeiro. Vibração e falhas de tração do sistema são indícios de fluido velho e oxidado, fazendo a corrente metálica do sistema patinar entre as polias.
SUSPENSÃO: Melhorou bastante em relação à primeira geração, mas ainda demanda cuidados: vazamentos e coifas danificadas nos amortecedores são indícios de manutenção negligenciada. Buchas e batentes desgastados costumam provocar pancadas secas e elevar o nível de ruído.
RODAS E PNEUS: Fique atento à presença de bolhas nos pneus e de amassados nas rodas de 16 polegadas das versões LX, EX e EXL. Os pneus 185/55 possuem apenas 10,1 cm de flanco e são bem vulneráveis
à péssima pavimentação do piso brasileiro.
Preço médio dos Honda City usados (KBB Brasil)
Modelo | 2015 | 2016 | 2017 | 2018 | 2019 | 2020 | 2021 |
DX MT | R$ 60.902,00 | R$ 61.660,00 | R$ 67.094,00 | R$ 68.466,00 | R$ 72.515,00 | R$ 74.343,00 | R$ 83.012,00 |
DX CVT | – | R$ 67.394,00 | R$ 72.228,00 | – | – | – | – |
PERSONAL | – | – | – | R$ 73.981,00 | R$ 77.958,00 | R$ 82.678,00 | R$ 84.600,00 |
LX CVT | R$ 62.620,00 | R$ 68.056,00 | R$ 71.085,00 | R$ 74.849,00 | R$ 81.284,00 | R$ 88.174,00 | R$ 92.552,00 |
EX CVT | R$ 64.753,00 | R$ 67.982,00 | R$ 71.980,00 | R$ 80.175,00 | R$ 83.405,00 | R$ 91.433,00 | R$ 89.699,00 |
EXL CVT | R$ 67.270,00 | R$ 70.604,00 | R$ 73.057,00 | R$ 84.517,00 | R$ 86.560,00 | R$ 93.524,00 | R$ 96.895,00 |
Preço das peças
Peças | Original | Paralelo |
Para-choque dianteiro | R$ 661 | R$ 609 |
Farol completo (cada) | R$ 957 | R$ 790 |
Discos de freio (par dianteiro) | R$ 1.390 | R$ 1.070 |
Pastilhas de freio (par dianteiro) | R$ 441 | R$ 390 |
Amortecedores (os quatro) | R$ 1.221 | R$ 1.179 |
A voz do dono
- Nome: Maria Loísa de Oliveira
- Idade: 31 anos
- Profissão: funcionária pública
- Cidade: Poços de Caldas (MG)
O que eu adoro
“Além de econômico, o City é extremamente confiável: mesmo após anos de uso diário nunca quebrou nada. Outro fator importante é a dirigibilidade: tem boa estabilidade sem prejudicar o conforto.”
O que eu odeio
“A altura livre do solo é reduzida: raspa muito em lombadas, valetas e saídas de garagem. Acabamento e nível de equipamentos também deixam a desejar: a concorrência já oferece mais por menos.”
Nós dissemos
Pense também em um…
Toyota Etios Sedan: Ele abre mão do estilo em função da praticidade, economia e confiabilidade. Tem uma ótima proposta familiar, com bom espaço para cinco e um porta-malas com 562 litros. Ficou ainda mais interessante na linha 2017, quando recebeu um 1.5 16V mais potente (107 cv) com duplo comando de válvulas variável.