Honda Fit usado ainda agrada muita gente e custa menos que carro 1.0 novo
Mesmo fora de linha, o Honda Fit ainda é uma excelente opção para quem procura um carro usado confiável, espaçoso e bom de mercado
Veterano no mercado brasileiro, o Honda Fit chegou à terceira geração no primeiro semestre de 2014 (já como modelo 2015), mantendo as virtudes que fizeram dele um campeão na preferência de um público bem variado.
Maior que seu antecessor, o Fit de terceira geração ficou 10 cm mais longo e consideravelmente mais espaçoso em razão do acréscimo de 3 cm entre os eixos e do redimensionamento da suspensão traseira. O volume no porta-malas caiu de 384 para 363 litros.
Todas as versões têm motor 1,5 litro e sistema i-VTEC de sincronização e abertura de válvulas, que resultam em 115/116 cv (gasolina/etanol), bem adequados para os cerca de 1.100 kg do hatch. Há versões com câmbio manual de cinco marchas ou automático CVT.
A versão de maior sucesso é a LX, com câmbio CVT (de série a partir do modelo 2018), banco do motorista com regulagem de altura, rodas de liga leve aro 15, retrovisores elétricos na cor da carroceria e o valorizado sistema de bancos modulares ULT. Volante multifuncional e painel com iluminação azul e branca entraram para a lista de série no modelo 2016.
Logo atrás vem a versão EX, sempre com câmbio CVT ao lado de equipamentos como central multimídia (5”), Bluetooth, câmera de ré, faróis de neblina, rodas de 16”, chave canivete, volante multifuncional e com ajuste de altura. Ficou mais sofisticado em 2016, com o mesmo painel azul da EXL, espelhos retrovisores com piscas e volante revestido de couro.
A topo EXL se destaca pela oferta de airbags laterais, piloto automático, bancos de couro e para-brisa degradê. A partir de 2017, houve oferta de uma nova central (7”) e airbags do tipo cortina.
Evite a versão de entrada DX, sem o sistema ULT. É facilmente identificada pelo interior franciscano com plástico fosco no console central, espelhos retrovisores na cor preta e rodas de aço com calotas.
Levemente reestilizado, o modelo 2018 marcou a chegada do controle de estabilidade, do assistente de partida e das luzes de frenagem de emergência para todas as versões. Surge também a versão Personal, voltada ao público PcD. A partir de 2019, todas as versões passam a contar com luzes diurnas de led.
Independentemente da versão, o fato é que o Fit manteve sua valorização no mercado de usados após sair de linha, no fim de 2021: a falta de um sucessor direto acabou por aumentar o número de entusiastas do modelo, sempre dispostos a pagar bem por exemplares bem cuidados. A confiabilidade da marca e a facilidade de reparo nas concessionárias e oficinas independentes colaboram para seu sucesso.
Principais defeitos do Honda Fit
- Cabeçote – Os tuchos sólidos exigem verificação periódica (a cada 40.000 km), pois o funcionamento correto do motor depende do ajuste de folga nas válvulas.
- Corpo de borboleta – O acúmulo de impurezas pode travar ou mesmo inutilizar o corpo de borboleta. Em casos extremos o motor pode até deixar de funcionar: o problema é sanado com a limpeza do corpo de borboleta e recalibração do sistema.
- Suspensão – O acerto firme de molas e amortecedores cobra seu preço na vida útil de componentes como buchas, batentes e bieletas. Amortecedores com vazamento ou coifas danificadas são indícios de falta de manutenção.
- Transmissão CVT – O fluido deve ser substituído a cada 40.000 km ou 24 meses. Vibração e trancos indicam que a corrente metálica está patinando, problema causado por fluido velho, oxidado ou fora da especificação do fabricante.
- Recall – O ano/modelo 2015 sofreu dois recalls: o primeiro por falha na solda próxima ao bocal do tanque de combustível e o segundo devido a uma falha de programação no software da transmissão.
A voz do dono
Nome: Luis Fernando Betin
Idade: 29 anos
Profissão: empresário
Cidade: Itapetininga (SP)
O que eu adoro:
“Um automóvel simplesmente genial: tem um tamanho adequado para rodar na cidade e oferece espaço para viajar com a família toda. A confiabilidade da marca ajuda na liquidez: basta anunciar, que vende.”
O que eu odeio:
“A suspensão firme compromete o conforto a bordo e o consumo elevado entrega a idade do motor. E mesmo usado ele é caro: a concorrência oferece modelos mais equipados na mesma faixa de preço.”
Preço dos Honda Fit usados (KBB)
Preço das peças do Honda Fit
Nós dissemos
Abril de 2014 “Toda a linha Fit será oferecida somente com o motor 1.5 16V i-VTEC. (…) chega aos 116 cv a 6.000 rpm, com torque máximo de 15,3 mkgf a 4.800 rpm quando abastecido com etanol. As versões EX e EXL contam com transmissão continuamente variável (…). Em comparação com a caixa CVT da primeira geração, este novo conjunto traz um conversor de torque, melhorando a tração, aceleração e economia de combustível.”
Pense também em um:
Toyota Yaris As versões de entrada são impulsionadas pelo motor 1,3 litro de 94/101 cv (gasolina/etanol), que também pode vir conjugado com um câmbio CVT que simula sete marchas. Quem vive na estrada se dará melhor com o motor de 1,5 litro e 105/110 cv (gasolina/etanol) das versões mais sofisticadas. Outra vantagem do Yaris é o acerto da suspensão voltado para o conforto e o bom nível de equipamentos.