QUATRO RODAS 60 anos: as histórias de seis gerações de leitores
Reunimos seis histórias que mostram a relação que leitores de diferentes gerações mantêm com a QUATRO RODAS ao longo da vida
Nos 60 anos de vida, QUATRO RODAS já fez parte de diversas gerações de leitores e ainda faz, seja geração entendida por um grupo de pessoas que sucederam seus pais ou que nasceram na mesma época e adquiriram conceitos e valores comuns.
Pelo primeiro critério, uma geração leva 25 anos; pelo segundo, em razão da rapidez com que a sociedade evolui atualmente, dura dez anos.
Diante dessa constatação, para comemorar nosso aniversário, decidimos reunir seis leitores de idades diferentes, simbolizando cada um uma década de vida da revista, para que eles nos contassem qual a importância da revista na vida deles.
Confira o vídeo com o depoimento dos nossos leitores:
Descobrimos que, além de informação e entretenimento, a revista também é uma fonte de inspiração para as pessoas escolherem não só seus carros, mas também os carros dos vizinhos, parentes e amigos, sem falar de seus hobbies (que pode ser o de colecionar a revista) e até de aspectos importantes da própria vida, como a profissão.
Três dos leitores que foram selecionados tiveram ou terão (no caso do nosso leitor mirim, de 8 anos) a sua profissão influenciada por suas paixões pela revista, incluindo nosso recém-chegado repórter Igor Macário, que há dois meses passou a fazer parte da equipe e desde os 9 anos de idade acompanha Quatro Rodas.
Marcos Wlassow, 64 anos, começou cedo sua coleção de revista e acabou atuando durante 17 anos na Mercedes-Benz do Brasil. E o caçula de nossos convidados, Pedro Kastrup, de 8 anos, que já analisa comparativos com riqueza de detalhes técnicos, tem como objetivo seguir os passos do nosso repórter Igor Macário.
Confira essas histórias mais que inspiradoras.
Anos 60: paixão de pai para filho
Foi no Salão do Automóvel de novembro de 1960 que Luiz Bellini, 72 anos, soube da recém-lançada revista QuATRO RODAS. A partir daí, o jornaleiro já reservava um exemplar para ele, assim que a revista chegava.
Luiz se tornou engenheiro mecânico, mas quis o destino que nunca atuasse na indústria automotiva. A paixão pela revista, porém, foi passada para os filhos, Marcus e Marcelo (o caçula e que está na foto). O mais velho atualmente trabalha na Volkswagen como engenheiro.
“Meu filho acabou realizando o meu sonho de infância, mas a revista me proporcionou um conhecimento técnico que tornou real um hobby”, diz. Os amigos e parentes o procuram como consultor automotivo e, muitas vezes, é ele quem dá a primeira volta nos carros recém-adquiridos pelos colegas.
Anos 70: inspiração na Brasilia da capa
Não é novidade para ninguém que a QUATRO RODAS é muito consultada por antigomobilistas no momento de restaurar um clássico, mas o leitor Daniel Elias levou a sério essa inspiração e resolveu reproduzir uma VW Brasilia de maneira idêntica ao modelo publicado na capa da edição de 1973.
“Esta Brasilia foi do meu sogro desde zero-km e estava 90% original e com a mesma cor azul do modelo da capa, então tive a ideia de restaurar usando a revista como modelo”, conta Daniel.
Ele, inclusive, achou o tecido original do estofamento para ser ainda mais fiel. O colecionador já tem o próximo modelo para homenagear a revista pela segunda vez: um Ford Corcel. E já procura a edição ideal para servir de inspiração para a restauração.
Anos 80: carreira influenciada
Foram 17 anos como funcionário da Mercedes-Benz e a idealização de uma empresa de transporte executivo. A trajetória profissional de Marcos Wlassow, 64 anos, deve-se principalmente ao seu costume de ler a QUATRO RODAS desde 1966.
“No começo queria ser piloto de testes, mas no fim me conformei em atuar na indústria, porém mais tarde acabei me tornando motorista executivo, função que se aproxima muito da atividade de piloto”, conta Wlassow.
Em 1988, começou a ser assinante e o admirador teve o compromisso de reunir a coleção completa desde agosto de 1960. “Encomendei um armário especialmente para guardá-las e costumo consultá-las. Me divirto com as frases de para-choque publicadas até 2000.”
Anos 90: de carona na fama da revista
A paixão pela QUATRO RODAS começou cedo para Geraldo de Lima, 54 anos. Quando tinha 9 anos, ganhou um exemplar do tio e assim adquiriu o hábito de frequentar as bancas de jornais em busca da edição do mês.
E lá se vão 44 anos como leitor assíduo, e toda a coleção, claro, é guardada com carinho em sua casa, em Antônio Dias, interior de Minas Gerais. “Eu tinha o costume de me corresponder com os profissionais da revista, ganhei adesivo, camiseta e ainda tive a honra de ser ajudado como consumidor.”
O psicólogo teve um problema com o carburador de seu Ford Escort e a rede não queria realizar a troca em garantia. Após a interferência da equipe, Geraldo conseguiu realizar o reparo a contento. “Por sempre ter o adesivo da revista, meu Escort 1989 era confundido com um carro do teste de Longa Duração. Era o meu momento de fama.”
2000: leitor na infância e repórter na juventude
Igor Macário, 32 anos, tinha cerca de 9 anos quando ganhou uma coleção da QUATRO RODAS com mais de 100 exemplares, todos do início dos anos 90. “Pra mim foi incrível, porque eu já me interessava por carros, mas aquela foi a oportunidade de me apronfundar”, conta Macário.
Quando já tinha 13 anos, assinou a revista e, aos 16, entrou nas comunidades dedicadas aos fãs. Essa relação próxima com o mundo automotivo o influenciou a seguir a carreira de jornalista.
“Quando entrei na faculdade, o meu grande sonho era atuar como repórter automotivo.” Após dez anos trabalhando no setor, em julho deste ano, Igor passou a integrar a equipe da QUATRO RODAS.
2010: Pedro, nosso leitor de 8 anos
Tomamos conhecimento da admiração de Pedro Kastrup, 8 anos, pela QUATRO RODAS por meio de um e-mail direcionado ao redator-chefe, Paulo Campo Grande. Nele, Pedro comenta que tinha achado o interior do Tesla Model Y muito simples e comparou o seu visual com o Model 3.
O conhecimento de modelos tão específicos nos deixou intrigados e em nossa entrevista com ele nos surpreendemos ainda mais. Admirador de marcas premium, em especial a Subaru, Pedro mostrou um conhecimento sólido sobre os lançamentos do mercado automotivo.
“No começo eu lia inclusive todos os anúncios, agora leio só tudo da revista mesmo, em especial os testes”, conta, entre risos. O seu sonho é trabalhar com isso, ser repórter da Quatro Rodas, e já está treinando. Ele próprio faz apresentações em Power Point, nas quais compara dois modelos que foram publicados e elege um vencedor.
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