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Contra quem o novo Jeep Compass irá concorrer no mercado?

Com preços entre R$ 99.990 e R$ 149.990, o Compass terá pela frente modelos premium e até SUVs grandes

Por Henrique Rodriguez
Atualizado em 23 nov 2016, 21h44 - Publicado em 27 set 2016, 22h09
Jeep Compass
Novo Jeep Compass ()

Muitos desavisados já comentaram aqui na QUATRO RODAS que os preços do novo Jeep Compass são altos demais para concorrer com HR-V, Renegade, EcoSport e Duster, os líderes de vendas entre SUVs. Não é bem assim.

Até porque seus alvos são outros: os SUVs médios, um patamar acima em preço, porte e equipamentos, e com presença considerável no mercado – o Hyundai ix35, por exemplo, é o 36° carro mais emplacado no acumulado geral de 2016, à frente de Peugeot 208, Nissan Sentra, Ford Focus e VW Jetta.   

Mais do que design ou motorização, a grande arma do Compass para se destacar é seu amplo posicionamento de mercado. Além do preço inicial de competitivos R$ 99.990, ele traz versões diesel bem equipadas capazes de fazer frente a um grande número de concorrentes. Nós tentamos identificar todos eles, versão por versão, aqui.

Jeep Compass Sport 2.0 Flex – R$ 99.990

Jeep Compass Longitude 2.0 Flex – R$ 106.990

compass longitude

As duas versões mais acessíveis do Compass disputam praticamente os mesmos clientes. A Sport tem a função de ser a versão chamariz, que levará o cliente para a concessionária. Por ser mais simples, pode até ser mais interessante descer um degrau e optar pelo Renegade Limited, que é bem equipado e custa R$ 97.490.

Porém, a tendência é que quem realmente estiver interessado no Compass opte pelo Longitude, que por R$ 7 mil a mais soma detalhes visuais como cromado ao redor dos vidros, maçanetas e retrovisores pintados, rodas aro 18″ e ainda equipamentos como chave keyless, ar-condicionado digital dual-zone e central multimídia com tela de 8,4″ em vez da pequena de 5″.

Desta forma, as versões mais em conta brigam diretamente com Mitsubishi ASX (R$ 97.990, seja manual ou automático), Hyundai iX35 (R$ 99.990) e Kia Sportage (R$ 112.990). Todos os três têm motor 2.0 e câmbio automático de seis marchas (no caso do ASX, o CVT simula seis marchas), mas o Compass leva séria vantagem nos equipamentos de série: nenhum dos três orientais oferece controles de estabilidade e tração nesta faixa de preço – um equipamento de série em todos os Compass.

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A Chevrolet Captiva, de R$ 106.090, consegue equilíbrio na lista de equipamentos e ainda tem o pujante motor 2.4 de 184 cv. Mas está muito defasada em termos de estilo e imagem.

 

Jeep Compass Limited 2.0 Flex – R$ 124.990

compass limite

Como versão topo de linha com o motor flex, a Limited reúne equipamentos mais sofisticados de série. É o caso dos sete airbags, faróis de xênon, monitor de pontos cegos, quadro de instrumentos com tela digital TFT, monitor de pontos cegos, retrovisores rebatíveis, bancos de couro e sensores de luz e chuva.

Nesta faixa de preço há modelos como o parente Dodge Journey SXT, que custa R$ 117.990 com um respeitável V6 3.6 de 294 cv, e o exótico Troller T4, que tem motor 3.2 turbodiesel de 200 cv e câmbio manual de seis marchas (R$ 122.441).

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Há outra opção: o recém-lançado Tiguan 1.4 TSI custa R$ 125.990. Mas ele já está em fim de carreira (na Europa, já foi substituído), e sua lista de equipamentos, apesar de incluir itens interessantes como seis airbags, não faz frente à ampla oferta do Compass Limited.

 

Jeep Compass Longitude 2.0 Turbodiesel 4×4 – R$ 132.990

compass longitude diesel

Com preço R$ 26 mil mais alto que o da versão flex, o Compass Longitude com motor turbodiesel existe para atrair quem quer (e pode pagar) a força extra do motor, a tração 4×4 e a autonomia em viagens. Além de todos os itens do Longitude flex, ele traz seletor de modo de tração com programas específicos para lama, areia e neve.

A concorrência aqui é mais variada, mas nenhum oferece os benefícios do diesel. O Mitsubishi Outlander 2.0, por exemplo, parte dos R$ 131.990, mas assim como o Toyota RAV4 2.0 (R$ 132.950) não tem controles de estabilidade e tração.

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Um rival mais forte parecem ser o Audi Q3 1.4 TFSI Attraction, que já tem produção nacional e parte dos R$ 136.990. De série, o Audi traz faróis bi-xenônio, sensor crepuscular e de chuva, banco do motorista com ajustes elétrico, controles de estabilidade e tração, quatro airbags (o Longitude básico só tem dois) e freio de estacionamento elétrico com hill assist. 

Outro que promete competitividade é a nova geração do Hyundai Tucson, prevista para o próximo ano com motor 1.6 turbo, e que também deverá ocupar esta faixa de preços – mas sem lista de equipamentos definida ainda.

Jeep Compass Trailhawk 2.0 Turbodiesel 4×4 – R$ 149.990

compass trailhawk

Versão com pegada mais off-road da linha, o Compass Trailhawk tem toda uma indumentária própria, mas seu pacote de equipamentos é equivalente ao da versão Limited, com direito aos mesmos faróis de xênon, sete airbags, monitor de pontos cegos e bancos de couro. Porém, está numa faixa de preço perigosa.

Um Honda CR-V parte dos R$ 148.000, por exemplo, enquando um Toyota SW4 SR (maior, e com espaço para até sete pessoas) com motor 2.7 flex custa R$ 146.550. Entre os premium existe o Mercedes GLA 200, que custa R$ 156.900 com motor 1.6 turbo e até o Mini Countryman S por R$ 146.950. Mas de novo: não há concorrente com motor diesel.

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A tabela abaixo, que lista os SUVs a diesel mais acessíveis do mercado, dá a entender que os únicos concorrentes realmente diretos do Compass para quem prefere este tipo de combustível estão dentro de casa, na forma das versões diesel de Renegade (a partir de R$ 121.990) e Toro (R$ 122.710 na versão top Volcano).

Os SUVs mais em conta com motor diesel que não são Jeep
Mitsubishi Pajero Full 3 portas R$ 188.990
Chevrolet Trailblazer LTZ 2.8 Turbodiesel R$ 189.990
Mitsubishi Pajero HPE 3.2  R$ 194.990
Mitsubishi Outlander diesel R$ 195.990
Volvo XC60 D5 R$ 199.990

A Toro, por sinal, é uma prova de que há uma forte demanda por modelos a diesel nessa faixa de preço. Com público predominantemente vindo dos SUVs, a picape da Fiat concentra nas versões a diesel nada menos que metade de suas vendas.

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