Hyundai Santa Fe é SUV usado potente e com opção de sete lugares
Seguro, bem-construído e com opção de sete lugares, o SUV virou referência no segmento. Apesar de antigo, custa menos de R$ 70.000
Sucesso de público e de crítica nos EUA, a segunda geração do Hyundai Santa Fe chegou ao mercado brasileiro em 2006. Agradou em cheio famílias grandes que não abriam mão da conveniência de um utilitário esportivo espaçoso, confortável e muito seguro.
Com bom acabamento e preço competitivo, chegou impulsionado por um V6 2.7 de alumínio com variação no coletor de admissão e comandos de válvulas. Seus 200 cv eram adequados a seus 1 675 kg, limitados por um câmbio automático sequencial de quatro marchas.
O nível de equipamentos era condizente com sua proposta: tração 4×4 permanente com distribuição automática de torque entre as rodas, controles de tração e estabilidade, ABS, airbags frontais, laterais e de cortina, Bluetooth, acendimento automático dos faróis, volante multifuncional e ar digital bizona com saídas para os passageiros.
Quem gosta de acelerar deve escolher a partir da linha 2011, que traz o motor V6 3.5 de 285 cv (85 a mais que o anterior) e 34,1 mkgf de torque, com bloco, cárter e cabeçote de alumínio. Consumo e dirigibilidade também são favorecidos por uma transmissão sequencial de seis velocidades. A versão é facilmente identificada pelas leves alterações estéticas na grade, nos faróis e no para-choque dianteiro, que só deu lugar à terceira geração em 2014.
Vendido em versão única, ele trazia uma série de equipamentos opcionais, como dois bancos escamoteáveis no porta-malas para um total de sete lugares, teto solar elétrico, câmera de ré com tela camuflada no retrovisor interno, airbags tipo cortina, revestimento interno de couro e sistema keyless.
Apenas em 2012 foram importados os Hyundai Santa Fe GLS com motor 2.4 de 182 cv, câmbio automático de seis marchas, tração dianteira e sempre com cinco lugares.
Outro fator que pesava a favor dos modelos a partir de 2011 é a garantia de cinco anos, em muitos casos ainda válida. O Santa Fe desfruta de excelente reputação: robusto e confiável, não apresenta problema mecânico crônico.
Segundo os donos, a rede autorizada não está à altura dos preços cobrados e mesmo peças de desgaste normal não são encontradas a pronta entrega. Cheque sempre os carimbos de revisão no manual, o que dá um garantia extra de que o carro usado está bem mantido. E procure por carros com pneus ainda em bom estado: um jogo novo custa de R$ 2.200 a R$ 2.900.
Defeitos do Hyundai Santa Fe
AIRBAG – A luz acesa no painel indica, em geral, rompimento da cinta de alimentação da bolsa, que incorpora outros comandos do volante multifuncional. A cinta não é encontrada a pronta entrega e custa cerca de R$ 400 (mais R$ 225 da mão de obra).
FREIOS – Verifique se não há trepidação no pedal: pastilhas gastas e discos empenados abaixo da espessura mínima são comuns em SUVs pesados e potentes, problema provocado pela baixa atuação do freio motor na transmissão automática.
ACABAMENTO INTERNO – Preste atenção em trincas em peças plásticas como descanso de braço, botões e difusores de ar. Apesar da boa qualidade geral, são caras e só podem ser adquiridas sob encomenda.
VEDAÇÃO – Pode ocorrer infiltração de água e poeira pelas portas e tampa do porta-malas, que só é solucionada com a troca das respectivas borrachas (R$ 590). O problema é encontrá-las a pronta entrega.
RECALL – As unidades fabricadas entre fevereiro de 2008 e junho de 2011 podem apresentar mau contato nas luzes de freio.
A VOZ DO DONO
Nome: Igor Patrão
Idade: 40 anos
Profissão: empresário
Cidade: São Bernardo do Campo (SP)
O QUE EU ADORO
“Tem todo o conforto, espaço e segurança que se espera de um carro familiar: sete lugares, bom porta-malas e dez airbags. Desempenho e estabilidade também se destacam.”
O QUE EU ODEIO
“A transmissão de quatro marchas (dos modelos até 2011) aumenta demais o consumo, quando comparamos com a versão mais potente. A rede autorizada cobra valores de peças e mão de obra bem mais altos do que deveriam.”
NÓS DISSEMOS – NOVEMBRO DE 2010
“Violento nas arrancadas e surpreendentemente rápido nas retomadas, o Santa Fe agora consegue empolgar motoristas e pilotos. A explicação para tamanha melhora (…) está no novo conjunto mecânico. O motor continua um V6, mas a cilindrada saltou de 2,7 para 3,5 litros.”
2011 | 2012 | 2013 | |
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Santa Fe GLS V6 3.5 |
R$ 50.200
|
R$ 52.300
|
R$ 65.250
|
Santa Fe GLS V6 3.5 7L | R$ 53.969 |
R$ 55.120
|
R$ 67.750
|
Santa Fe GLS 2.4 | – |
R$ 51.120
|
– |
Original | Paralelo | |
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para-choques (dianteiro) | R$ 1.219 | R$ 700 |
farol (cada um) | R$ 2.516 | R$ 2.400 |
retrovisor (cada um) | R$ 1.089 | R$ 850 |
disco de freio (par) | R$ 1.080 | R$ 450 |
pastilhas de freio (jogo) | R$ 533 | R$ 400 |
kit de embreagem (jogo) | R$ 1.832 | R$ 1.300 |
PENSE TAMBÉM NUM… CHEVROLET CAPTIVA
Quem não faz questão da tração 4×4 ou dos sete lugares tem no Captiva uma opção mais barata. Por menos de R$ 40 000, reúne bom acabamento, freio com ABS, cintos de três pontos para os cinco e controles de tração e estabilidade. A versão Sport traz um V6 (261 cv) e a Ecotec vem com um 2.4 (171 cv).