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Como fazer o test-drive de um carro usado antes da compra?

Deixe seus olhos e ouvidos atentos para descobrir se o usado que você está testando vale a compra ou é um grande mico

Por Fernando Garcia
Atualizado em 28 set 2020, 09h57 - Publicado em 28 set 2020, 09h56
hatches médios
(Marco de Bari/Quatro Rodas)

Você está de olho em um carro usado e pede para dar uma volta antes de fechar a compra. Até aí, tudo certo. Agora, você aproveita esse teste plenamente? Sabe diferenciar um motor com problemas de outro em condições normais? Ou descobrir se o veículo sofreu uma batida mais forte?

Para tirar o máximo do test-drive, aprenda a ouvir e ver o que um automóvel tem a dizer ao seu candidato a futuro dono.

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Antes de mais nada, comece pesquisando as características do tipo de modelo que você pretende comprar. Quem está acostumado a dirigir peruas, por exemplo, pode achar a direção de uma minivan desconfortável, pela posição mais alta e por inclinar mais nas curvas.

Uma boa dica é alugar o modelo em vista por uma semana, para ter certeza de que você gosta desse tipo de carro. Algumas lojas até alugam o usado pretendido por um ou dois dias. É melhor gastar um pouco mais agora do que se arrepender por um ou dois anos – estudos mostram que, quando o cliente vai trocar um usado por outro, ele pesquisa em sete ou oito lugares e, em média, fica dois anos com o carro.

Na hora de testar, cheque se o carro tem seguro e confira a quilometragem. Em geral, pedais, volante e manopla de câmbio costumam apresentar desgaste a partir dos 70.000 quilômetros. Se o hodômetro marcar 40.000 quilômetros, mas essas peças estiverem gastas, é sinal de adulteração.

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Veja abaixo o que cada parte do carro pode revelar ao comprador:

Estrutura geral

Um lado da carroceria está mais alto que o outro? Desista do negócio, pois é sinal de problema sério na estrutura, como um monobloco torto ou trincado. Durante o teste, molhe os pneus ou passe por cima de uma poça d’água segurando a direção em linha reta. O correto é ver as marcas do pneu alinhadas, perfeitamente sobrepostas. Se não estiverem, caia fora, pois o veículo já sofreu colisão forte.

Motor

Abra os vidros e escute o motor. Se engasgar, pode ser combustível adulterado. Mas atenção: o uso freqüente de combustível batizado pode exigir reparos no sistema de injeção, incluindo bicos, filtros e bomba de combustível. Uma revisão antes de adquirir o veículo não custa caro e inclui a verificação das velas e da bomba, além de limpeza de bicos injetores. Se for o caso, peça o serviço na própria loja.

Qualquer outro ruído exige a avaliação de um mecânico (o ideal é levar um profissional ao teste), pois sons parecidos podem significar problemas diferentes. Mas alguns barulhos já reprovam um carro. Batidas fortes podem indicar que pistões, camisas e bielas precisam de retífica, que passa fácil dos 3.000 reais.

Ruídos metálicos podem ser provocados por coxim trincado ou quebrado. A troca em si não é cara, mas o problema pode ter comprometido outras partes do motor.

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Pneus

Dê uma volta em torno do carro e veja se todos os pneus são da mesma marca. Se não forem, não é grave, mas duas marcas diferentes no mesmo eixo demonstra desleixo do antigo dono. No entanto, se eles tiverem medidas ou, pior, rodas com aros diferentes, saia correndo: isso pode ter comprometido a direção ou a suspensão.

Câmbio

Teste todas as marchas várias vezes, avançando e reduzindo. Se houver dificuldades no engate, pode ser um simples problema no coxim da caixa de câmbio. Num modelo popular, isso não custa caro. Mas, como pode ser coisa grave, é melhor evitar o risco e procurar outro carro.

Embreagem

Dirija o carro em subidas íngremes, para ver se ele não patina com aceleradas mais fortes. Se isso acontecer, o problema pode ser desgaste da embreagem. Faça as contas, porque um kit de embreagem pode custar alguns milhares de reais – principalmente se for um veículo importado.

Escapamento

Se o motor roncar mais alto e grave que o normal, pode haver um silenciador ou cano de escapamento trincado ou furado. Ouça se há ruídos de batida de peça metálica: é indicativo de alguma abraçadeira ou anel de borracha soltos.

No caso de assoalho muito quente, a causa provável é mau posicionamento do escapamento ou alguma tubulação furada. Peça ao vendedor que substitua a peça danificada ou exija um desconto.

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Suspensão

Nessa avaliação, nada melhor que ruas de piso irregular ou quebra-molas. Roda trepidando, ruídos exagerados e solavancos são indício de um ou mais amortecedores vencidos. Desconfie de carros recém-lavados por baixo, um truque para disfarçar manchas de óleo vazando do amortecedor.

Direção

Ao esterçar o volante, fique atento a ruídos como “tlec, tlec”, sinal de junta homocinética avariada. Esse conserto pode sair caro. Ao soltar a direção, ela pode girar com rapidez para um dos lados, o que em geral é resolvido com um alinhamento das rodas.

Sistema de freios

Ouça se a frenagem não produz ruídos mais altos, típicos de disco ou pastilhas desgastadas. Com o carro em movimento, pise no freio para ver se está “puxando” para um dos lados. Pode indicar que o sistema precisa de uma revisão completa.

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