Consórcio pode ser uma opção ao financiamento
Conheça as vantagens da modalidade de crédito que cresceu 12% em 2017
Se houve um segmento que ganhou destaque com a crise, e andava ofuscado com as promoções “taxa zero” e outras opções de compra a prazo, foi o de consórcio.
Para quem trabalha no setor, a instabilidade econômica experimentada de 2015 para cá fez o consumidor ficar mais atento a suas finanças pessoais.
“Enquanto no CDC [Crédito Direto ao Consumidor] o cliente entra como devedor, no consórcio ele entra como poupador”, resume Paulo Roberto Rossi, presidente da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios).
De janeiro a novembro de 2017, o setor movimentou R$ 42,63 bilhões contra R$ 38,08 bilhões do mesmo período de 2016, alta de 12%.
O número de adeptos também cresceu: subiu de 971.300 para 1.036.000.
O consórcio é uma poupança programada em que o consumidor adquire uma cota e participa de um grupo para aquisição de um veículo por meio de pagamentos mensais em um período preestabelecido.
Essas parcelas pagas mensalmente pelos clientes formam o saldo financeiro para a realização das assembleias do grupo.
Antes de adquirir uma cota, cheque se a administradora é autorizada a atuar pelo Banco Central do Brasil (bcb.gov.br) ou pela Abac (abac.org.br).
No contrato, preste atenção em valor do crédito, duração do grupo, taxa de administração e todas as despesas que serão cobradas.
E verifique as regras de contemplação. Aliás, esse é o maior ponto negativo do consórcio: você não leva o carro no ato, como no financiamento.
Ele só sai por um sorteio e por lance, cujas regras estão definidas também no contrato.
Confira as principais diferenças entre o financiamento e consórcio
Financiamento | Consórcio |
Juros de R$ 1,60% a 1,99% mensais | Não tem juros |
Taxa de abertura de crédito: varia de R$ 500 a R$ 1.000 | Taxa de administração, fundo de reserva e taxa de adesão: 0,8% mensais |
O veículo é retirado na hora | O veículo pode demorar a ser retirado |
Caso fique inadimplente, o cliente pode ter de devolver o carro que passou por alta depreciação, que é a sofrida logo após a retirada do veículo, ou seja, o prejuízo é bem maior do que no consórcio | Em caso de desistência ou falta de capacidade de pagamento do consorciado, ele não recebe todo o dinheiro de volta, mas seu prejuízo é menor em relação ao financiamento |
No caso da aquisição de um carro de R$ 60.000 em 60 parcelas, o valor médio das mensalidades será de R$ 2.007,27. Ao final, o automóvel custará R$ 120.420 | No caso da aquisição de um veículo de R$ 60.000 em 60 parcelas, o valor médio das mensalidades será de R$ 1.208. Ao final, o automóvel custará R$ 72.501 |