A primeira geração do Mercedes Classe A, lançada em 1997, foi chocante. Era a Mercedes-Benz entrando em um segmento e em uma faixa de preços onde nunca esteve, Mas, ao que tudo indica, a fabricante alemã desistirá do seu menor carro em busca de rentabilidade.
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O Mercedes Classe A está em sua quarta geração e hoje é vendido em versões hatch e sedã. Mas é um fato que a lucratividade dos carros compactos diminuiu nos últimos anos conforme os custos de produção aumentaram.
Ao mesmo tempo que os compactos ficaram mais caros, o público começou a migrar para os SUVs.
“Falaremos mais na próxima semana [em um evento de investidores], mas não é nosso objetivo ser um concorrente dos produtores de volume”, disse o CEO da Mercedes, Ola Källenius, ao Financial Times quando perguntado sobre o futuro do Classe A.
“Não é isso que a marca Mercedes-Benz representa, portanto, fique atento ao nosso portfólio de produtos… preferimos olhar para cima do que para baixo. Mesmo antes do início das restrições de fornecimento, deixamos claro que nossa estratégia não é buscar volume, mas buscar valor para nossos clientes e empresa”, completou o executivo.
A expectativa é que o Mercedes Classe A cumpra seu ciclo de vida, seguindo em produção até 2025. Mas a fabricante pode ter optado por não desenvolver uma nova geração do modelo, que não vive seu melhor momento.
A situação é ainda mais complicada para o Classe A Sedan. A produção do modelo no México foi interrompida para que a fábrica pudesse focar na produção do GLB, concentrando toda a demanda pelo modelo na fábrica da marca na Hungria. O modelo perdeu a versão de entrada A200 no Brasil, enquanto a fabricante já decidiu tirar o modelo do seu catálogo nos Estados Unidos e no Canadá.