De modo geral, as fábricas lançarão em 2017 mais versões de carros já existentes e menos modelos inteiramente novos – até porque a maioria se apressou para trazer novidades em 2016, por conta dos incentivos do Inovar-Auto, que serão oferecidos apenas para quem conseguir reduzir as emissões de poluentes.
Uma empresa que ilustra bem esse comportamento é a GM. A única estreia que se vê no horizonte da Chevrolet em 2017 é o SUV Equinox, que deve chegar por aqui no final do ano.
A fábrica não revela sua programação do ano, mas diz que tem planos para o segmento de SUVs. E o Equinox já foi flagrado em testes no Brasil.
O modelo, que acaba de chegar à terceira geração nos Estados Unidos, será o substituto do Captiva – que ainda está à venda no Brasil, na versão Ecotec 2.4 de 184 cv, por R$ 103.990.
Derivado da plataforma D2XX do novo Cruze, o Equinox tem dimensões semelhantes às do Captiva. Mede 4,65 metros de comprimento por 1,84 de largura e 1,66 de altura, contra 4,57 metros 1,85 e 1,70 do antecessor, respectivamente. Na distância entre-eixos, o novato tem 2,73 metros contra 2,71 do Captiva.
Importado do México, o Equinox virá com duas opções de motorização a gasolina: 1.5 turbo de 173 cv, com câmbio automático de seis marchas, e 2.0 turbo de 255 cv, com um automático de nove velocidades.
O estilo, como se pode ver pelas fotos, segue o novo padrão visual da Chevrolet, apresentado ao nosso mercado em 2016 pelo Cruze. As lanternas traseiras têm um quê de Camaro. Mas todo o restante é muito semelhante ao Cruze, principalmente o interior, onde painel, mostradores, botões e materiais são os mesmos.
Em relação aos equipamentos, destaques para a câmera de visão 360º, alerta de colisão e frenagem autônoma para velocidades reduzidas, além da central multimídia MyLink, com sistema OnStar.
O Equinox virá para o Brasil importado do México, aproveitando o regime de cotas com isenção de impostos, com preço médio estimado em R$ 130.000 – mesma faixa de rivais como Jeep Compass e Hyundai New Tucson.
Foco nas picapes
Entre as versões dos modelos existentes, a GM deve se concentrar no segmento de picapes, ou seja: no desenvolvimento de variações de S10 e Montana.
Começando pela S10, já se sabe que ela ganhará uma opção aventureira. Quem esteve no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro, teve a oportunidade de ver duas picapes conceito que sinalizavam por onde a fábrica pretende caminhar.
Uma delas foi exposta em posição de destaque no estande da marca. Batizada de S10 Xtreme, era cor de laranja e estava equipada com estribos, pneus lameiros, snorkel e suspensão elevada.
A outra, chamada S10 Trailboss, ficava em uma área externa do Salão, em uma pista off-road construída para test-drives. Essa contava com pneus de uso misto, estribos, rack e para-choque robusto. Segundo uma fonte, a GM quer atender uma parcela de compradores que usa as picapes em trilhas, como se fossem veículos off-road.
A S10 aventureira segue a proposta das versões Activ, disponíveis na minivan Spin e no hatch Onix. Lançada no final de 2014, a Spin Activ responde atualmente por cerca de 25% das vendas da minivan, o que representa cerca de 500 unidades/mês. E, no caso do Onix Activ, que foi lançado em 2016, a participação é de 10%, aproximadamente 1.300 carros.
Essa configuração de S10 não deve se chamar Activ, entretanto. Esse nome ficará para os automóveis da linha. Para as picapes, a GM deve adotar o nome Off-road, que foi usado na geração anterior da Montana.
Em relação à Montana, no Salão do Automóvel, a GM apresentou uma versão conceito chamada Activ X, que trazia mudanças apenas visuais, como rodas pretas, soleiras, pneus de uso misto, revestimento que imita neoprene e apliques do próprio neopreme, além de grafismo na cor verde limão. Mais que uma versão esportiva, essa picape indica também que a Chevrolet não tem planos de fazer uma nova geração do modelo.
E aquela possibilidade de a fábrica lançar a picape derivada do Onix? De fato, existiu, mas hoje deixou de figurar entre as prioridades da GM.