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Apenas 17% das motos no Brasil possuem ABS

Estudo do CESVI Brasil analisou 357 versões de 199 modelos produzidos por 38 fabricantes no mercado brasileiro

Por Alexandre Ciszewski
Atualizado em 9 nov 2016, 12h34 - Publicado em 17 jul 2013, 18h00
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  • Apenas 17% das motos no Brasil possuem ABS

    O Centro de Experimentação e Segurança Viária (CESVI) apresentou um estudo que aponta a baixa oferta de freios ABS eletrônicos para motos no Brasil. O levantamento analisou 357 versões de 199 modelos vendidos no país (por um total de 38 montadoras) e o sistema está presente em apenas 17% das opções disponíveis no mercado. O ABS só é encontrado em modelos com motorização superior a 250 cilindradas.

    De acordo com o IIHS (Insurance Institute for Highway Safety, dos Estados Unidos), os acidentes fatais poderiam ser 37% menores em motocicletas com ABS, enquanto o número de colisões sem morte seria 23% menor se as motos estivessem equipadas com o dispositivo de segurança de frenagem. Em 2012, o crescimento da frota de motocicletas no Brasil foi acompanhado pelo número de mortes de motociclistas, que ultrapassou 17 mil. A União Européia tornará o equipamento obrigatório nas motos vendidas na Europa a partir de 2016.

    Após a apresentação do estudo, a eficiência do ABS em motocicletas foi colocada à prova na prática. O resultado foi previsível: a frenagem realizada com o sistema foi muito mais segura, com o motociclista controlando a situação, diferente da frenagem sem ABS, na qual o piloto sofreria um acidente grave – vide os vídeos abaixo (realizados a menos de 30 km/h, em uma superfície de lona com água, simulando a pista extremamente escorregadia, como o asfalto com óleo, por exemplo).

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    COM ABS:

    SEM ABS:

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    Ainda de acordo com a pesquisa realizada pelo CESVI, 40% dos motociclistas freiam com uma força menor que a necessária em situações de perigo, com receio do travamento das rodas. Essas situações de risco são provocadas por buracos e fossas na rua, travessia de pedestres e parada inesperada de um veículo à frente, por exemplo.

    O principal entrave, sem dúvida, é o custo que a obrigatoriedade do ABS geraria. O CESVI ressalta que, para seguir o exemplo europeu e tornar o ABS eletrônico obrigatório no Brasil, é preciso que todas as motocicletas estejam equipadas com freios a disco, tanto na roda dianteira como na traseira. Isso porque o sistema de freios antitravamento só poderia ser instalado nas motocicletas onde os discos estão presentes. A instalação, hoje em dia, geraria um aumento de aproximadamente R$ 1.700, sem considerar eventuais ganhos com a produção em larga escala.

    COMO FUNCIONA – O ABS para motos tem o seguinte princípio de funcionamento: sensores registram constantemente a velocidade da motocicleta. Quando uma roda estiver na iminência de travar, devido a uma frenagem intensa, ou condições de pista escorregadia, a unidade hidráulica do ABS reduz a pressão de frenagem aplicada pelo piloto, controlando tanto a velocidade da roda quanto a desaceleração da motocicleta. Desta forma, o motociclista pode diminuir a distância de frenagem da moto com segurança.

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