Apple investe R$ 15 bilhões na Kia para ter seu próprio carro elétrico
Coreana entra com sua cadeia produtiva enquanto Apple fornece tecnologia. A meta é lançar o primeiro modelo até 2024
A Apple segue firme com seu Projeto Titan, voltado à criação de carro elétrico e autônomo. Ciente do prazo curto à empreitada, a empresa deverá usar a cadeia produtiva e expertise da Kia no processo de desenvolvimento, em parceria inédita e bilionária.
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Boatos davam conta que a parceira da Apple seria a Hyundai, mas a montadora, que recentemente lançou sua plataforma para EVs, pretende gastar tempo e dinheiro em sua marca Ioniq, exclusivamente voltada ao segmento.
Segundo a informação do site coreano DongA Ilbo, o acordo entre Apple e Kia será concretizado nas próximas semanas, com a empresa de tecnologia investindo até R$ 15 bilhões em pesquisa e desenvolvimento.
A ideia é aproveitar a fábrica da Kia no estado americano da Georgia para produzir os novos Apple, com cerca de 100 mil unidades já sendo comercializadas daqui a três anos. Catalisando o projeto, também foi anunciada a contratação do ex-vice presidente de desenvolvimento de chassis da Porsche, Manfred Harrer.
Se engana quem pensa que a Apple, entretanto, está parada no projeto de seu EV. A empresa possui diversas patentes já registradas, incluindo baterias com células únicas — prometendo autonomia sem precedentes —, vidros com opacidade ajustável através de moduladores de cristal líquido e tecnologias de automação veicular avançada.
A relação entre a empresa californiana e veículos elétricos é curiosa: recentemente o CEO da Tesla, Elon Musk, relatou a história de quando tentou vender a empresa à Maçã, sendo ignorado.
Além disso, a primeira colaboração da Apple com outra montadora foi com a Volkswagen, a fim de produzir versões autônomas da van T6 que, em testes, levam e trazem os funcionários de casa à sede da companhia, em Cupertino.
Com o anúncio da parceria previsto para o dia 17 de fevereiro as ações da Kia dispararam, atingindo o maior valor unitário desde 1997. Sinal de que o mercado vê seriedade na proposta nada modesta.
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