Deu a lógica. A BMW anunciou que está abandonando a estratégia de cobrar assinatura por recursos e equipamentos já estão presentes nos veículos de seus clientes, que teve início em 2022 em alguns mercados.
Em uma entrevista à Autocar, Pieter Nota, do conselho de vendas e marketing da BMW, revelou os motivos por trás disso. Foi principalmente a receptividade dos clientes com a ideia de pagar uma assinatura à parte para que pudessem utilizar os recursos que normalmente já seriam considerados parte do pacote padrão dos carros.
“O que não fazemos mais, e esse é um exemplo muito conhecido, é oferecer aquecimento dos bancos desta forma”, disse Pieter Nota. “Ou está dentro ou fora. Nós oferecemos pela fábrica e você tem ou não tem. Pensamos em prestar um serviço extra ao cliente, oferecendo a possibilidade de ativá-lo mais tarde, mas a aceitação não é tão elevada. As pessoas sentem que pagaram o dobro, o que na verdade não era verdade, mas a percepção é a realidade, digo sempre. Então essa foi a razão pela qual paramos com isso.”
Essa decisão da BMW marca uma resposta direta às preocupações e frustrações dos clientes. A empresa entendeu a importância de manter a confiança e a satisfação dos clientes em seu modelo de negócios.
No entanto, a BMW não está abandonando completamente a ideia de serviços sob demanda. Pelo contrário, está intensificando os esforços dentro da área, concentrando-se em “funções sob demanda” relacionadas ao software e serviços.
Pieter Nota explicou: “Na verdade, agora estamos nos concentrando nessas ‘funções sob demanda’ em software e produtos relacionados a serviços, como assistência à direção e assistência ao estacionamento, que você pode adicionar posteriormente após a compra do carro, ou para certas funções que exigem transmissão de dados que os clientes estão acostumados a pagar em outras áreas.”
Os serviços baseados em software, como o download de funcionalidades adicionais, têm sido bem aceitos pelos clientes, que compreendem a natureza desses recursos e estão dispostos a pagar por eles. Nota comparou esse modelo ao download de filmes ou recursos extras em aplicativos, destacando que essa abordagem tem sido bem-sucedida e bem recebida pelos consumidores.