A crise global dos semicondutores (que poderá se estender até o fim de 2022) não obrigou a BMW a retirar a central multimídia dos seus carros, mas oito dos seus modelos precisarão voltar alguns anos no tempo. Isso porque estão sendo produzidos sem telas sensíveis ao toque.
Black Friday! Assine a Quatro Rodas a partir de R$ 6,90
Isso só é possível porque os BMW têm comandos redundantes no console central, o iDrive, que permitem a operação da central multimídia sem a necessidade de tocar na tela. Mas pode não ser o meio mais intuitivo para quem já se acostumou a tocar na tela.
Os modelos que estão sendo produzidos na Alemanha, na Áustria e nos Estados Unidos sem as telas sensíveis ao toque são os BMW Série 3, Série 4 Coupé, Conversível e Grand Coupé, o roadster Z4 e os SUVs X5, X6 e X7. Nos Estados Unidos, compradores dos carros sem a funcionalidade receberão desconto de 500 dólares.
BMW não está sozinha
Em todo o mundo, as fabricantes estão se esforçando ao máximo para que não haja interrupção da produção ou o acúmulo de carros quase prontos aguardando um ou mais componentes. Mas isso está se tornando relativamente comum.
O que não é incomum é a retirada de equipamentos de série. Nos Estados Unidos, a Chevrolet Silverado foi produzida sem sistema de desligamento de cilindros, o que aumenta seu consumo. Aqui no Brasil, a Volkswagen retirou a central multimídia de série de versões de entrada de alguns modelos.
A Mercedes também vem sendo impactada. Lotes mais recentes de versões modelos CLA, GLA, GLC, GLE, GLS e Classe A estão chegando ao Brasil sem equipamentos como head-up display, carregamento sem fio para smartphones, iluminação ambiente e, em alguns casos, apoio de braço traseiro e navegação GPS com realidade aumentada.