Bugatti Mistral é a despedida do motor W16 e quer ser recordista mundial
Novo hiperesportivo da Bugatti terá 1.600 cv e deve disputar o título de conversível mais rápido do mundo com o Hennessey Venom F5 Roadster
Assim como as rivais, a Bugatti também está dando adeus à era da combustão. Por isso, a marca está preparando uma despedida em grande estilo para seu icônico motor W16 8.0 quadriturbo, lançando um modelo para se tornar o próximo conversível mais rápido do mundo.
O Bugatti W16 Mistral tem como base a plataforma e o motor do Chiron, mas o design veio de um parente mais antigo. A inspiração, segundo a marca, foi tirada do Type 57 Roadster Grand Raid, um modelo de 1934 que emprestou as duas entradas de ar no teto, o para-brisa curvo e o padrão de cores amarelo e preto, que será um dos disponíveis.
As tomadas de ar superiores vão parar direto no motor traseiro, que tem sua ventilação auxiliada pelas passagens de ar instaladas atrás das lanternas em X. O visual das luzes de LED se assemelha ao do hiperesportivo Bugatti Bolide, mas tem um charme a mais: no centro, as luzes formam o nome “Bugatti”.
A dianteira, porém, é um tanto estranha à primeira vista. O formato da grade e o jeitão “bicudo” remetem ao próprio Chiron e ao Divo, mas os faróis são verticais, lembrando os do La Voiture Noire. A diferença é que eles são compostos por quatro barras horizontais.
Por dentro a marca foi mais conservadora e decidiu repetir o bom trabalho de design e acabamento do Chiron. O toque especial está na alavanca de câmbio feita de madeira e uma inserção de âmbar contendo a escultura do “elefante dançante”, usada a primeira vez no clássico Bugatti Type 41 Royale.
A ideia por trás do Mistral se contrapõe à própria Bugatti, que já se pronunciou, em 2019, dizendo que não criaria mais veículos com a intenção quebrar recordes. Em todo caso, esse roadster tentará superar o Bugatti Veyron Grand Sport Vitese, modelo que saiu de produção em 2015 e alcançou os 409 km/h em 2013.
Essa tarefa não será tão difícil, já que o motor W16 dará ao Mistral 1.600 cv, cerca de 400 cv a mais que o antecessor, e 163,15 kgfm. Esse trem de força veio diretamente do Chiron Super Sport 300+, que alcançou os 490,5 km/h na pista de testes Ehra Lessien da Volkswagen.
Já que o Veyron deverá ficar “no chinelo”, o rival a ser batido será outro. Esta semana a Hennessey apresentou o Venom F5 Roadster, um conversível que tem mais de 1.800 cv e será um páreo duro para o Mistral.
Como um modelo de despedida, é claro que o Mistral será limitadíssimo. Serão apenas 99 unidades produzidas e todas já foram vendidas para uma lista seleta de clientes. Cada uma saiu por 5 milhões de euros, equivalente a R$ 25.950.000.