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Buser dá passagens grátis em MG e busca não ser proibida no estado

Um dia antes da votação em segundo turno da lei que regulamenta o fretamento, a Buser ofereceu 15 dias de passagens grátis ilimitadas aos mineiros

Por Pedro Henrique Oliveira
Atualizado em 2 abr 2024, 14h24 - Publicado em 3 set 2021, 09h59
Ônibus da Buser rosa visto 3/4 de frente
O Projeto de Lei 1.155/15 passou em segundo turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e deve prejudicar a empresa de ônibus (Buser/Divulgação)
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Ônibus da Buser rosa visto 3/4 de frente
O Projeto de Lei 1.155/15 passou em segundo turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais e deve prejudicar a empresa de ônibus (Buser/Divulgação)

Na última terça-feira (31), a Assembleia Legislativa de Minas Gerais aprovou o Projeto de Lei 1.155/2015 que busca regulamentar o transporte rodoviário no estado. Em tese, a proposta não permite a existência de aplicativos de transporte nesta modalidade, como a Buser. 

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Participaram da votação 55 deputados estaduais. O resultado final foi de 34 votos a favor e 21 contrários ao projeto. Com isso, a pauta foi aprovada em segundo turno e proíbe a prestação de serviço de fretamento promovido por terceiros. 

Além disso, o texto também esclarece que é vedado o serviço de fretamento com regularidade de horários e itinerários, característica pertencente ao transporte público.

Placar de votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
O projeto foi aprovado em segundo turno por 34 votos favoráveis ao texto (ALMG / Sarah Torres/Divulgação)

Outra medida embutida no projeto é que a oferta de serviços de fretamento pode ocorrer apenas na modalidade circuito fechado, ou seja, os grupos de pessoas são previamente definidos e devem retornar ao local de saída no mesmo veículo que fez o transporte na ida. 

A grande polêmica é a questão do fretamento colaborativo, algo tornado possível por aplicativos de transporte, como a Buser, que comercializam passagens de ônibus a um preço mais acessível.

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Placar de votação da Assembleia Legislativa de Minas Gerais
Um dia antes da votação em segundo turno, a Buser anunciou passagens ilimitadas e gratuitas dentro do espaço de 15 dias para o estado de Minas Gerais (ALMG / Sarah Torres/Divulgação)

Na segunda-feira (30), um dia antes da votação na Assembleia, a empresa divulgou uma novidade para os moradores de Minas Gerais. Todas as viagens realizadas entre os dias 8 e 22 de setembro serão gratuitas e sem limite de quantidade por CPF. 

Somado a isso, a empresa está atuando em diversas frentes para expor a sua opinião contrária ao projeto que agora foi enviado para análise do governador do estado. 

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Uma publicação compartilhada por Buser – O App dos Ônibus (@buser)

Além da oferta relâmpago de viagens grátis apenas no estado de Minas Gerais, a empresa já se posicionou diversas vezes de maneira contrária a decisão nas redes sociais.

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Como se não bastasse os vários posts contrários ao entendimento da maioria dos deputados, alguns parceiros da empresa, como o Cruzeiro, postaram em suas redes sociais mensagens de apoio à causa com a hashtag “BusãoLivre”.

Alguns deputados, como é o caso de Guilherme da Cunha (Novo), se mostraram contrariados com a decisão e inclusive demonstraram apoio a Buser ao utilizar a hashtag que a empresa tem impulsionado nas mídias sociais.

Por outro lado, João Vítor Xavier, do Cidadania, disse que o aplicativo não inspira confiança. “Não acho que o modelo do serviço convencional de ônibus seja bom. Mas paira uma desconfiança muito grande em relação à Buser”, pontuou. 

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Fato é que quem infringir as novas regras deve pagar uma multa de R$ 3.990, ter o veículo apreendido e terá o seu cadastro no Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem (DER-MG) suspenso.

Em nota à QUATRO RODAS, a Buser afirmou que “acaba de chegar em mais 20 cidades do Estado e há previsão de novos locais nas próximas semanas”. Além disso, relatou que o processo oferece “enorme retrocesso à evolução natural do setor de mobilidade”. 

Ônibus da Buser rosa visto por cima de trás
A empresa afirmou que a promoção faz parte de uma estratégia da marca e disse que “se manifesta de forma clara e legítima” (Buser/Reprodução)

A nota ainda reafirma que “há uma clara dissonância entre o interesse de eleitores e eleitos” e fala que o modelo “é aprovado pela maioria da população”. Quando questionada acerca das viagens grátis, a Buser disse que é uma estratégia da empresa que não é exclusividade do estado mineiro. 

Em relação às manifestações nas mídias digitais e nas páginas de parceiros, a empresa disse que “está se manifestando de forma clara e legítima através da imprensa e de suas redes sociais”.

O projeto agora segue para análise do governador Romeu Zema (Novo) que se posicionou sobre a polêmica pelas redes sociais.

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