BYD Song Plus terá motor mais potente e bateria maior ainda em 2024
SUV médio híbrido da BYD terá bateria suficiente para mais que dobrar sua autonomia elétrica e reestilização será vendida como SUV do Seal
*Correção: Song Plus e Seal X/U conviverão no Brasil
A BYD garantiu que 2024 será um ano ainda mais agitado do que 2023 em termos de lançamentos. O Dolphin Mini estreia após o carnaval para ser seu carro mais barato, com preço na casa dos R$ 100.000 e no final do ano terá a estreia de sua primeira picape média, com mecânica híbrida plug-in. Mas há outros modelos para movimentar o ano.
Da parte do BYD Song Plus, há pelo menos duas novidades. Isso porque o Song Plus atual vai ficar mais potente e ganhar autonomia elétrica, enquanto sua reestilização, vendida na China como Song Plus Champion Edition, chegará ao Brasil como um novo nome e como parte da família Seal.
Song Plus mais potente
Carro mais vendido da BYD no Brasil, o Song Plus seguirá à venda com atualização em seu conjundo híbrido, com maior autonomia elétrica.
Enquanto mantém o motor 1.5 aspirado a gasolina atual (que será flex apenas quando o modelo for nacionalizado), com os mesmos 110 cv, o novo motor elétrico será mais potente, com 197 cv (o atual tem 179 cv). Com o novo motor, a potência combinada poderia beirar os 250 cv, a depender da programação da mecânica do veículo e do seu câmbio e-CVT.
Além disso, a bateria passa dos atuais 8,8 kWh para 18,3 kWh, o que eleva sua autonomia elétrica de cerca de 50 km para 110 km no ciclo NEDC. Um segundo conjunto de baterias, com 26,3 kWh garante 150 km de autonomia elétrica e também seria interessante no Brasil. Ambas aceitam recarga a 6,6 kW, o dobro da potência de recarga da bateria atual.
Essas duas baterias contornam as maiores limitações do BYD Song Plus atual, que é justamente a bateria pequena e sua potência de recarga. A novidade é que também será possível alimentar a rede elétrica de uma casa ou recarregar outro carro em caso de emergência.
Além disso, existe a expectativa por uma melhora no desempenho. Contudo, o rápido test-drive com a versão turbo com 18,3 kW oferecido pela fabricante, que consistia em um exercício de aceleração e frenagem, foi insuficiente para perceber uma melhora no desempenho do novo BYD Song Plus.
O SUV do Seal
Há espaço para dois carros praticamente iguais, mas com frente e acabamento diferentes? A BYD acredita que sim. A reestilização do BYD Song Plus confere a ele para-choque dianteiro mais fechado e novos faróis com prolongamentos de led por baixo, elementos que remetem ao design do sedã elétrico Seal. Não por acaso, o carro com novo visual será vendido como Seal X ou como Seal U, como na Europa.
O que não está definido ainda é a mecânica, pois existe BYD Seal U tanto com mecânica híbrida, quanto com mecânica elétrica, que tem duas opções: motor de 204 cv e 71 kWh, com autonomia de 520 km, ou um motor de 218 cv alimentado por uma bateria de 87 kWh, com autonomia de 500 km. A aceleração de 0 a 100 km/h é de 9,6 e 9,3 segundos, respectivamente, com velocidade máxima de 175 km/h nas duas versões.
Seja elétrico ou híbrido, a traseira é igual, com importantes diferenças na comparação com o BYD Song Plus. As lanternas perdem um friso cromado e passam a ser interligadas pelo meio e não mais pela parte superior. O nicho da placa foi deslocado para a tampa do porta-malas e, justamente por isso, o para-choque traseiro é completamente diferente.
As dimensões mudam muito pouco. Os novos para-choques aumentam o comprimento em 7 cm, para um total de 4,77 m de comprimento. Outras medidas permanecem as mesmas: são 2,76 m de entre-eixos, 1,89 m de largura e 1,67 m de altura.
O painel, porém, praticamente não tem mudanças. Há diferenças em padronagem de acabamento, apenas. Sai o volante com o ideograma “Song” e estreia um com novo desenho e “BYD” ao centro, enquanto o seletor de marcha do tipo joystick passa a imitar um cristal. Atrás dele, o porta-objetos passa a ter duas bases de carregamento sem fio de 15W para smartphones.
Essas duas baterias contornam as maiores limitações do BYD Song Plus atual, que é justamente a bateria pequena e sua potência de recarga. A novidade é que também será possível alimentar a rede elétrica de uma casa ou recarregar outro carro em caso de emergência.
Evolução abre espaço para o BYD Song Pro
Embora esteja com patente registrada no Brasil, o lançamento do BYD Song Pro por aqui ainda não é dado como certo. Trata-se de um SUV híbrido menos sofisticado e um pouco menor: são 4,73 m de comprimento, 1,86 m de largura e 1,71 m de altura, com entre eixos de 2,71 m.
Em um rápido contato com o carro na China foi possível notar que o Song Pro não tem a mesma solidez no fechamento das portas e no acabamento, mas consegue se diferenciar bastante do Song Plus graças ao console central mais estreito e ao quadro de instrumentos digital flutuante, sem dispensar a tela giratória de 15,6 polegadas para a central multimídia. Nele, até o seletor do câmbio é retrátil.
Mesmo a versão de entrada tem teto solar panorâmico, ajuste elétrico do banco do motorista e ar-condicionado com duas zonas.
O BYD Song Pro teria seu espaço como o SUV híbrido de entrada da BYD, com preço mais próximo do praticado pelo Toyota Corolla Cross Hybrid. Para isso, porém, depende da evolução do Song Plus no que diz respeito ao visual e, principalmente, na mecânica.
Hoje, o BYD Song Pro tem duas versões na China. Ambas usam o motor 1.5 aspirado de 110 cv e o motor elétrico de 197 cv, mas uma tem bateria de 12,9 kWh (para 71 km de autonomia NEDC) e outra tem 18,3 kWh (para 110 km de alcance NEDC). Ou seja, o Song Pro mais barato já seria melhor que o Song Plus vendido no Brasil atualmente.
Considerando as opções mecânicas, só mesmo sua versão de entrada do BYD Song Pro faria sentido no Brasil e teria que ser após a reestilização do Song Plus. Por isso seu lançamento no Brasil não é tratado como certo.