Campeão de F1, Max Verstappen sofreu para tirar carteira de motorista
Além do sufoco que quase lhe custou reprovação na prova, Max Verstappen confessou odiar câmbio manual: "tenho preguiça"
As centenas de milhões de pessoas que assistiram à final da Fórmula 1 neste domingo (13) talvez não imaginem o “segredo” de Max Verstappen. O holandês voador se consagrou o melhor piloto dos carros mais insanos do planeta, mas sofreu para poder dirigir seu Renault Clio na cidade em que morava.
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Verstappen estreou na F1 aos 17 anos; antes mesmo de tirar sua carteira de habilitação na Bélgica. Tamanha precocidade fez com que as regras fossem mudadas e, para que algo assim não acontecesse mais, a maioridade se tornasse um pré-requisito da categoria.
Antes de tudo, adolescente
Em 2015, quando já corria na Toro Rosso e pontuava no Mundial de Fórmula 1, o jovem andava literalmente a pé ou de carona, como contou em entrevista a Edwin Evers.
Mas não era por falta de oportunidade: seu pai, o ex-piloto Jos Verstappen, fez como muitos pais brasileiros, e sempre levava Max a ruas desertas no distrito industrial da província de Limburg, Bélgica, onde morava. “Meu pai precisava me empurrar para dentro do carro. Não gostava de passar marchas”, disse o campeão assumindo sua preguiça.
Como era impossível fugir da alavanca de câmbio para obter sua habilitação, Max, então, decidiu resolver as coisas com velocidade característica. “Estudei das 18h às 1h da madrugada”, disse sobre a véspera de seu exame teórico. “De manhã fiz a prova e passei”.
Reprovação secreta?
Legal to drive. Born to race! #driverlicense pic.twitter.com/rofgrA9jKp
Continua após a publicidade— Max Verstappen (@Max33Verstappen) 30 de setembro de 2015
Se a prova de legislação era, em tese, a mais desafiadora para o piloto, mais acostumado com bandeiras coloridas do que com placas de Pare, a prova prática quase se tornou um vexame.
Max até levara consigo bonés e camisas de presente, mas o examinador não só não ligou para os brindes como ainda foi atento durante o teste. “Eu tinha que virar à esquerda, mas virei à direita. Então foi um pouco embaraçoso”, contou.
Em seguida, um clima terrível se formou quando o holandês esqueceu de dar preferências a pedestres no caminho. “Eles sequer estavam esperando”, justificou ao examinador. Caso cometesse uma falha que representasse perigo, Max seria reprovado.
Não foi o que aconteceu, mas, perguntado pelo entrevistador se manteria segredo caso tivesse sido reprovado, Verstappen se diverte: “absolutamente sim”. Pressão não é problema para Super Max, como dizem os fãs.