Novos carros da Ford serão baseados em Android – como smartphones
Muito além de mapas e música, Android terá uma relação simbiótica com os novos Ford, que se tornarão gadgets gigantes
Desde que o carburador foi trocado pela injeção eletrônica, carros caminham para um futuro onde a mecânica dá lugar a sistemas informáticos. Ford e Google concordam, e assinaram um acordo para que os veículos da montadora venham com o sistema operacional Android muito além da central multimídia.
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A estratégia da Ford não é inédita, e no Brasil a Fiat fará coisa semelhante junto à Tim e Amazon. Entretanto, o acordo é um dos maiores já firmados entre o meio das big techs e das montadoras, incluindo parceria desde a linha de produção.
De trás para frente, a partir de 2023 (e até, no mínimo, 2029) vários Ford (e Lincoln também) terão o sistema operacional embarcado em todos os sistemas do carro. A promessa é que todas as categorias de preço contem com essa tecnologia.
Isso significa que não será necessário conectar o telefone para usufruir de serviços como Maps e Google Assistant, que tratarão o veículo como um dispositivo independente, sincronizado à nuvem.
Além disso, a Ford incentivará desenvolvedores a criarem apps que aproveitem os sistemas embarcados dos modos mais criativos. Isso abre margem para, por exemplo, aplicativos capazes de indicar problemas mecânicos e já cotar a oficina com serviço mais barato nas proximidades, seguradoras que utilizem dados de condução no cálculo da apólice e cursos de direção que aperfeiçoem motoristas em tempo real, com base na condução do carro.
Falando de condução, os sistemas também já são feitos pensando na corrida pelos carros autônomos, cada vez mais acirrada. Com a expansão da rede 5G pelo mundo, a ideia é que os carros do futuro possam “conversar” entre si, gerando uma espécie de frota automatizada. Os sistemas da Google podem exercer papel crucial nisso.
As fábricas da Ford também usarão análise de dados, inteligência artificial e recursos do Google para otimizar a produção, tornando-a mais rápida, confiável e barata. Não se trata de uma mera parceria de conteúdo, mas da “mais profunda transformação de nossa história, com eletrificação, conectividade e direção autônoma”, disse o CEO da Ford, Jim Farley.
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