Após anos de polêmica, o caso envolvendo os recalls negligenciados por parte da General Motors parece chegar à sua última página. De acordo com o periódico The Detroit News, a companhia norte-americana terá de pagar uma multa de US$ 900 milhões às autoridades do país em decorrência do defeito no sistema de ignição que afetou milhões de veículos.
Diversos modelos de quase todas as marcas do grupo, produzidos no início da década passada, tinham um problema na ignição que faziam o carro desligar repentina e inadvertidamente, mesmo em movimento. O grande problema é que, depois de investigações por parte da própria GM, ficou claro que funcionários do grupo sabiam da situação desde 2004, dez anos antes do anúncio público do caso.
Durante esse período, foram registradas dezenas de acidentes diretamente relacionados com o defeito. Isso obrigou a GM a criar um fundo indenizatório para ressarcir vítimas e suas famílias, num processo que foi encerrado há poucos dias. Foram 124 indenizações por morte, 17 por lesões muito graves e 258 por lesões graves.
Ainda no ano passado, a National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA) havia aplicado uma multa de US$ 35 milhões na GM. Agora, a multa mais elevada faz parte do encerramento do processo criminal, e ainda assim é menor do que o valor pago em 2014 pela Toyota num caso de aceleração involuntária de seus carros.
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