É enlouquecedor. Enquanto no Brasil temos o Caoa Chery Tiggo 7 Pro, na China também exista o Tiggo 7 Plus, com um toque mais luxuoso. Embora esteja um degrau acima, a versão dividia praticamente o mesmo visual e, na China, as mesmas opções de motorizações 1.5 turbo, 1.6 turbo e 1.5 turbo híbrida leve, que estreou recentemente no Brasil.
Agora o Tiggo 7 Plus aparece com novo visual e com uma motorização híbrida “de verdade”. O sistema plug-in é igual ao do Tiggo 8 Pro, que teve sua pré-venda iniciada aqui no Brasil em agosto.
Por fora, a principal novidade do SUV está na dianteira. A grade troca os pontilhados, que estão presentes tanto no Tiggo 7 Pro quanto no Tiggo 8 Pro, por barras verticais cromadas. O para-choque também recebeu um novo design e as antigas tomadas de ar falsas, agora aparentam estar fechadas e têm linhas verticais pontilhadas.
O desenho das rodas mudou, mas aparentemente seguem com 19’’. Os faróis full LED não tiveram alteração, o mesmo se especula para a traseira, que não foi mostrada.
O interior teve uma bela repaginada, que deixou o Tiggo 7 Plus ainda mais sofisticado. A cor cinza predomina, o volante recebeu um novo design de três raios, enquanto a tela integrada continua com os mesmos 24,6’’ — dividida metade para o painel de instrumentos e metade para a multimídia — porém não é flutuante.
O console também recebeu uma nova arrumação e a alavanca de câmbio se encontra centralizada. Os bancos são de couro claro com costuras à mostra, que seguem um padrão de losangos bem luxuoso.
Entretanto, em meio a tanto requinte, a principal novidade é a motorização híbrida plug-in DHT. Esse sistema é um pouco complexo, pois utiliza dois motores elétricos: um substituindo o conversor de torque (75 cv e 17,3 kgfm) e o outro está ligado às engrenagens de câmbio (95 cv e 16,8 kgfm).
Sozinhos eles são capazes de movimentar o carro. No Tiggo 8 Pro, por exemplo, energizado pela bateria de 19,7 kWh, o modo EV oferece até 77,6 km de autonomia, de acordo com o Inmetro. Para o Tiggo 7 Plus, segundo o padrão NEDC, o sistema promete até 100 km de alcance elétrico. Quanto ao consumo de gasolina, na China prometem 25 km/l.
Quem completa o trem de força é o já conhecido motor 1.5 turbo de 147 cv e 22,5 kgfm. Todo sistema junto é capaz de entregar até 325 cv e 57,4 kgfm. Já a transmissão tem 11 marchas simuladas, das quais três são realmente mecânicas.
O sistema DHT funciona em dois modos diferentes: EV e HEV. Mas a entrega de força e funcionamento dos motores pode variar de nove formas diferentes, que se alternam de acordo com a velocidade e disponibilidade da bateria. São eles:
- Tração com um motor elétrico
- Tração com dois motores elétricos
- Três motores simultaneamente
- Autonomia estendida, com o motor térmico como gerador
- Só motor a combustão
- Regeneração suave com um motor elétrico
- Regeneração com dois motores elétricos
- Carregamento parado por meio do motor térmico
- Carregamento em movimento com o motor térmico também impulsionando
Por se tratar de uma versão luxuosa, é bem provável que o Tiggo 7 Plus híbrido receba o sistema ADAS, o pacote de assistência ao motorista que inclui assistente de permanência em faixa, alerta de mudança de faixa, assistente de congestionamento, frenagem automática de emergência, piloto automático adaptativo, alerta de colisão frontal e traseira, farol alto automático e luzes dianteiras adaptativas.
O Tiggo 7 Plus começará a ser vendido em breve na China. Por aqui, o Tiggo 7 Pro seguirá apenas como híbrido leve, porém, como o sistema DHT já é usado no Tiggo 8 Pro, as chances de vermos esse sistema no irmão menor, de cinco lugares, são grandes.