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Clássicos: a gloriosa receita do Chevrolet Opala para virar fetiche

Quase 30 anos após o fim da produção, o primeiro carro de passeio da GM no Brasil se mantém vivo na memória dos brasileiros

Por Felipe Bitu
Atualizado em 27 mar 2021, 00h15 - Publicado em 15 Maio 2020, 07h00
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O estilo veio do alemão Opel Rekord C de 1967 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Prestes a completar 90 anos, a unidade da General Motors em São Caetano do Sul (SP) tem importância fundamental na história da indústria automobilística brasileira.

Foi nesse complexo fabril que um dos automóveis mais cultuados do país foi produzido (ao longo de quatro décadas): o Chevrolet Opala.

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Apresentado no sexto Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro de 1968, o Opala era o resultado de duas escolas automotivas aparentemente antagônicas: a alemã e a norte-americana.

Denominado Projeto 676, foi desenvolvido a partir do Opel Rekord C de 1967 e equipado com motores de quatro (2,5 litros) e seis cilindros (3,8 litros), que impulsionavam o Chevrolet Chevy II.

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Sedã era o mais sofisticado do país (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Seis ocupantes viajavam com relativo conforto no sedã de quatro portas graças aos bancos inteiriços e ao câmbio manual de três marchas com alavanca na coluna de direção.

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As duas versões de acabamento (standard e Luxo) atendiam qualquer função: carro de família, de representação e transporte (táxi).

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Sedã estreou no Salão de 1968 (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Acelerando de 0 a 100 km/h em cerca de 13 segundos, o Opala de seis cilindros e 125 cv era o mais rápido dos automóveis nacionais, sendo superado apenas em 1969 pelo Dodge Dart e seu V8 de 198 cv.

Racional, o Opala de quatro cilindros destacou-se pelo menor consumo e pela simplicidade mecânica: confiabilidade e longevidade a toda prova.

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Direção hidráulica só chegou em 1975 (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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A primeira reestilização veio em 1971, junto com a versão esportiva SS. Trazia um seis-cilindros de 4,1 litros (140 cv), câmbio de quatro marchas com alavanca no assoalho, barra estabilizadora traseira e freios dianteiros a disco.

Era caracterizado pelas faixas na carroceria, rodas diferenciadas com pneus mais largos, bancos dianteiros individuais, volante de três raios e conta-giros no painel.

Entre os opcionais estavam rádio, vidros verdes e pneus com letras brancas.

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Motor 3.8 gerava 125 cv (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Foi também em 1971 que surgiu a versão Gran Luxo, uma resposta a modelos maiores e mais caros como Ford Galaxie e Dodge Dart.

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No final do mesmo ano surge o Opala cupê: sua carroceria de duas portas sem coluna central tornou a versão SS ainda mais agressiva.

O modelo 1973 adotou piscas dianteiros nas extremidades dos para-lamas, calotas redesenhadas e luzes de ré ao lado das lanternas.

Câmbio automático de três marchas e um novo motor de quatro cilindros antecederam o modelo 1975, marcado pela chegada da perua Caravan, da requintada versão Comodoro e da direção hidráulica.

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Emblema afixado no porta-luvas (Christian Castanho/Quatro Rodas)

Os faróis passaram a ser emoldurados e as lanternas traseiras adotaram formato circular. Em 1976, o lendário motor 250-S de 171 cv saiu das pistas para iniciar seu reinado nas ruas e estradas.

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O modelo 1980 foi marcado por linhas retas, faróis retangulares e lanternas envolventes. Os sistemas de suspensão e direção tiveram sua geometria readequada para uso de pneus radiais.

A versão Diplomata assumiu o posto de maior e mais sofisticado automóvel nacional com o fim do Dodge Dart (1981), do Ford Galaxie (1983) e do Alfa Romeo 2300 (1986).

O tempo tornou-se o maior rival do Opala: ele continuava sendo nosso automóvel mais confortável, rápido e veloz, mas com rendimento muito inferior ao de concorrentes mais modernos.

Ao final da década, já era possível adquirir um Opala bem equipado por uma fração do valor cobrado pelo caçula Chevrolet Monza.

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Os bancos inteiriços eram confortáveis (Christian Castanho/Quatro Rodas)
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Faróis trapezoidais, barra estabilizadora dianteira mais grossa, amortecedores pressurizados e câmbio automático de quatro marchas foram as maiores novidades para 1988, último ano do Opala cupê.

Retoques surgiram no modelo 1991, pouco após a abertura das importações. Em 16 de abril de 1992, o milionésimo Opala deixou a linha de produção em São Caetano do Sul, encerrando o ciclo de automóvel mais querido do Brasil.

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(Acervo/Quatro Rodas)

Ficha Técnica – Chevrolet Opala 3800 1970

Motor: longitudinal, 6 cilindros em linha, 3.770 cm3, 2 válvulas por cilindro, comando de válvulas simples no bloco, alimentação por carburador de corpo simples; 125 cv a 4.000 rpm; 26,2 kgfm a 2.400 rpm
Câmbio: manual de 3 marchas, tração traseira
Dimensões: comprimento, 458 cm; largura, 176 cm; altura, 138,4 cm; entre-eixos, 266,8 cm; peso, 1.125 kg
Pneus: 5,90 x 14

Edição

Dezembro de 1968

Aceleração: 0 a 100 km/h em 13 s
Velocidade máxima: 163,63 km/h
Consumo médio: 6,7 km/l
Preço: Cr$ 19.470 (dezembro de 1976)
Atualizado: R$ 146.874 (IGP-DI/FGV)

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