Com bocão na dianteira, novo BMW M3 ensina motorista a fazer drift
A BMW apresentou o novo M3 Sedan que chega ao Brasil ainda no primeiro semestre de 2021, equipado com novo motor e câmbio automático
A BMW fez hoje a apresentação mundial dos novos M3 e M4. O M3 está na sexta geração e o M4, que surgiu quando a fábrica decidiu separar em modelos os tipos de carroceria, está na segunda.
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O M3 tem carroceria de sedã, com quatro portas, e o M4, de cupê, com duas portas. Mas os dois são derivados do M3 E30, lançado em 1986, que teve versões sedã e cupê até o surgimento do M4, em 2014.
Para o Brasil, o mais importante é o M3 que chega ao país ainda neste primeiro semestre. Mostramos o cupê aqui porque, além de seu perfil mais esportivo, foi a versão escolhida pela fábrica para estrear a cor Amarelo São Paulo. A BMW não tem planos de trazer o M4 para o Brasil.
A BMW batizou as cores de seus novos modelos com nomes de diferentes cidades do planeta. Além de Amarelo São Paulo, há Verde Ilha de Man (Reino Unido), Vermelho Toronto (Canadá) e Azul Portimão (Portugal).
Assim como o M4, o M3 terá duas versões: M3 Sedan e M3 Competition Sedan. As duas são equipadas com um novo motor turbo, batizado S58, 3.0 de seis cilindros em linha que na versão standard entrega 480 cv a 6.250 rpm e 56,1 kgfm entre 2.650 e 6.130 rpm, e na Competition alcança 510 cv a 6.250 rpm e 66,3 kgfm entre 2.750 e 5.500 rpm.
Segundo a BMW, o M3 Sedan acelera de 0 a 100 km/h em 4,2 segundos, enquanto a versão Competition leva 3,9 segundos.
A velocidade máxima, limitada eletronicamente, é igual para as duas: 250 km/h. Mas se o carro for equipado com o pacote esportivo M Driver, é possível se chegar aos 290 km/h.
A versão que virá para o Brasil, pelo menos em um primeiro momento, será a Competition, isso porque ela é equipada com câmbio automático, de oito marchas.
O M3 Sedan vem com câmbio manual de seis marchas. Isso mesmo. Segundo a BMW há clientes que preferem esse tipo de transmissão que é cada vez mais raro nesse segmento.
De acordo com engenheiro-chefe, Robert Pilsl, a dinâmica do carro foi o principal pilar do projeto. E, apesar de tudo no carro influenciar seu comportamento, motor, transmissão, etc., Pilsl destacou as mudanças introduzidas na plataforma que é a mesma do Série 3 de rua, como reforços estruturais para deixar a carroceria com maior rigidez torcional e rodas de tamanhos diferentes entre os eixos (aro 18, na dianteira, e 19, na traseira) para obter tração e controle direcional, entre outras mudanças.
O M3 (e o M4) tem tração traseira. Mas, no futuro, talvez no segundo semestre, na Europa, a BMW vai apresentar uma versão com tração integral.
Visualmente, essa geração doM3 é a primeira a receber a nova grade de duplo rim vertical e de grande dimensões. A da primeira geração também era vertical, mas de altura reduzida. Depois, a grade foi ficando mais larga e, nas demais gerações, era sempre horizontal.
Quem não está acostumado, estranha. Mas, é nítido que o design tem qualidade, refinamento e, portanto, dá para arriscar que, de perto, a maioria deve se render aos encantos dessa nova característica visual do carro.
Além da grade, os designers não economizaram na criação de vincos e recortes, na carroceria e principalmente nos para-choques dianteiro e traseiro.
Por dentro, o M3 (e o M4) seguem as linhas de suas versões civis correspondentes. Mas tão chamativos quanto a grade, por fora, os bancos tipo concha roubam a cena na cabine (pelo menos enquanto o carro não está em movimento).
No painel, há o que a BMW chama de cockpit profissional (Live Cockpit Professional) que consiste nas telas de 12,3”, para os instrumentos, e de 10,25”, para a central multimídia.
O sistema operacional iDrive 7.0 inclui navegação com mapas BMW armazenados em nuvem e conectividade sem fio para dispositivos móveis como Apple CarPlay e compatibilidade com Android Auto e BMW Intelligent Personal Assistant. O iDrive 7 também permite que motorista e passageiros interajam por meio de comandos de voz.
Com o carro em movimento, o que vai monopolizar os sentidos do motorista é mesmo o comportamento dinâmico, uma vez que o M3 permite ajustar as respostas de todos seus sistemas de forma independente.
Anota aí: motor, transmissão, suspensão, direção, sistema de controle de tração e até os freios podem ser ajustados de acordo com a preferência do motorista em padrões que privilegiam eficiência energética, conforto ou esportividade.
Isso mesmo, até os freios têm dois mapas de modos de atuação que respondem aos estímulos do motorista de forma mais pronta ou progressiva, sem desconsiderar aquelas situações do dia a dia, em que a segurança é o mais importante.
E, no que diz respeito ao controle de tração e estabilidade, o sistema pode priorizar a segurança ou a esportividade, permitindo que o motorista provoque uma derrapagem controlada, por exemplo, sem fazer intervenções.
Segundo a fábrica, o sistema permite o ajuste da sensibilidade de substerço e sobre-esterço em dez diferentes níveis.
Dentro do pacote M Race Track, há uma plataforma que ajuda o piloto a fazer progressos consistentes na busca do traçado ideal e de uma volta perfeita, em um circuito. Os recursos incluem o M Drift Analyzer, que registra a duração, distância percorrida, linha e ângulo de um drift com uma classificação exibida no display. É o carro ensinando o motorista a fazer drift!
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