A Kia aproveitou a estreia de sua nova logo no Brasil para renovar os votos com o mercado local. Assim como lá fora, a sua intenção por aqui é deixar de se apresentar como fabricante de veículos para ser uma empresa de soluções de mobilidade. É uma estratégia já adotada por outras fabricante e, assim como elas, aposta alto na eletrificação dos seus carros.
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A apresentação global do Kia EV6 deu a largada para o projeto de ter sete carros elétricos em sua gama até 2027. Contudo, antes de ter carros elétricos no Brasil, a Kia apostará em híbridos. O primeiro deles será o Kia Stonic, antecipado por Quatro Rodas, e que será lançado no início de novembro.
O SUV híbrido inclusive já está em pré-venda com preço inicial de R$ 149.990.
O Kia Stonic está homologado no Brasil há alguns meses e foi mostrado pela Kia à imprensa. Apesar de compartilhar muitos detalhes — principalmente internos — com o Kia Rio, o Stonic promete ousar pelo fato de estar disponível no mercado internacional em quatro versões exclusivamente híbridas, sempre unindo o motor 1.0 turbo (da mesma família do 1.0 T-GDI dos Hyundai HB20 e Creta) ao motor elétrico.
O Stonic até fez uma breve visita durante o Salão de São Paulo em 2018, mas não foi além disso. Após alguns anos, a linha 2021 ainda ganhou novos ares graças a novidades estéticas, eletrônicas e principalmente mecânicas.
Atualmente, há três opções de motores para o Kia Stonic, mas só a híbrida está homologada para o Brasil.
Motor e consumo do Kia Stonic
O motor 1.0 T-GDI do Kia Stonic desenvolve potência máxima de 118 cavalos a 6.000 rpm e o torque máximo de 17.1 kgm a 4.000 rpm. Com o auxílio do motor elétrico, do sistema mild hybrid de 48V, a potência combinada vai a 120 cavalos a 6.000 rpm e torque combinado de 20,4 kgm a 2.000-3.500 rpm.
Este Stonic MHEV têm transmissão de dupla embreagem (caixa seca) e sete marchas. Com essa configuração, o Stonic – segundo dados do Inmetro – registrou desempenho de 13,3 km/l na cidade e de 13,2 km/l na estrada, sempre abastecido com gasolina.
O Stonic usa a bateria como auxílio ao 1.0 turbo em trechos de descida, por exemplo, nos quais o motor a combustão desliga-se discretamente, poupando combustível. A eletricidade também oferece potência extra momentânea em trechos íngremes e assume o controle da função start-stop do carro. O carregamento é feito recuperando energia cinética e potencial da rodagem, sem possibilidade de conexão à tomada.
O modelo ainda tem três modos de condução (Eco, Normal e Sport), permitindo ao motorista escolher a maneira de condução que mais o agrada.
Ainda que não ofereçam todas as vantagens de um veículo elétrico completo, os mild hybrid aliam melhores números de desempenho, consumo e emissão de poluentes sem tanto acréscimo no preço final.
Equipamentos do Kia Stonic
O Kia Stonic não tem grandes equipamentos de série. Tem seis airbags, sensor de estacionamento traseiro, ar-condicionado digital automático e controle frontal, volante multifuncional, computador de bordo com tela digital colorida de 4.3” com indicador de fluxo de energia e sistema de som, além de central multimídia de 8 polegadas e rodas aro 17.
Outros híbridos da Kia
A Kia ainda tem outro híbrido homologado no Brasil. Trata-se do Niro, que até já foi testado por QUATRO RODAS. Mas é um híbrido pleno: combina motor 1.6 aspirado de 105 cv a um elétrico de 44 cv. Combinados entregam 141 cv e 27 kgfm. O problema é que uma nova geração está prestes de ser lançada.
Durante a live a Kia exibiu ao fundo um Sorento de nova geração, mas sem nem mesmo insinuar seu lançamento. Mesmo assim, seria uma boa opção para sua estratégia: a nova geração do SUV grande tem versão híbrida plug-in que combina motor 1.6 T-GDI e câmbio automático de seis marchas a um elétrico de 91 cv. Combinados, totalizam 265 cv e 35,7 kgfm de torque.
A grande sacada está em permitir a recarga da bateria de 13,8 kWh, que permite que o SUV que até tem opção de sete lugares rode mais de 40 km sem gastar gasolina.