É cacofônico, mas é isso mesmo: Ram Rampage é o nome da nova picape média da Ram, a primeira fabricada no Brasil e que usa variação da plataforma da Fiat Toro. Com motor inédito no Brasil, a promessa é de que ela se torne a picape mais rápida do País.
Rampage “significa agitação, alvoroço, barulho, fúria”, diz a fabricante. É o resgate do nome da Dodge Rampage, uma picape também monobloco e quase esquecida: só teve cerca de 37.000 unidades produzidas entre 1982 e 1984. Ainda havia esperança para o resgate do nome Dakota? Havia, mas não aconteceu.
Uma das grandes novidades da Ram Rampage é o motor Hurricane 4, um 2.0 turbo a gasolina que pode chegar a 270 cv e passar dos 40 kgfm de torque, que logo também estará nos Jeep Compass e Commander. Ainda terá versões com o motor 2.0 turbodiesel que atende à Fiat Toro e ao Jeep Commander. Mas este motor terá vida curta na picape, já que deverá ser substituído por um 2.2 já em 2024. Todas têm câmbio automático de nove marchas e tração 4×4.
A nova Ram Rampage foi extensamente analisada por QUATRO RODAS há um ano. Entre seus detalhes mais importantes, está o uso da mesma plataforma monobloco da Fiat Toro, que é fabricada na planta da Jeep em Goiana, Pernambuco — onde a nova Ram também será feita.
A Rampage ocupará o que a Stellantis chama de categoria C Plus, ou seja, uma intermediária entre a Fiat Toro, com quem compartilha plataforma, e as médias como Toyota Hilux e Chevrolet S10, além da nova Fiat Titano. São essas últimas o alvo da Ram.
O visual da Ram Rampage Rebel, revelada agora em suas primeiras imagens, ratifica a informação de que o design da picape a aproximaria da Ram 1500, junto ao capô bem marcado para dar um aspecto musculoso. A traseira, ao contrário da Toro, não tem tampa da caçamba partida ao meio ou mesmo o nome da picape, apenas a inscrição da versão.
Fruto do projeto 291, a Rampage é maior que a Fiat Toro no entre-eixos, com cabine alongada, e no comprimento, na casa dos 5 metros. A nova picape reforçará a “urbanização” do segmento das picapes médias, com cabine dupla e caçamba menor que a de concorrentes, mas com uma versão interna da Ram Box (porta-objetos embutido na carroceria) e abertura da tampa para os lados.
Na cabine, quadro de instrumentos maior, com tela de 10 polegadas, mas a central multimídia também terá tela horizontal e não vertical como nas Ram maiores. A relação familiar ficará por conta do seletor giratório para o câmbio, porém no console central e não no painel. Outra forma de diferenciação da Toro estará na qualidade dos acabamentos: esqueça o painel de plástico rígido da Toro e espere algo mais próximo dos Jeep.