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Conheça a maior pista de testes da Ford na América Latina

O Campo de Provas de Tatuí, localizado no interior de São Paulo, completa 40 anos castigando veículos

Por Marcos Rozen
26 jul 2018, 17h32
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  • pista de Tatuí
    A pista tem 50 km, sendo 41 km só de terra (Jonatan Sarmento/Quatro Rodas)

    Tatuí (SP) tem o gentil apelido de Cidade Ternura.

    Mas não há ternura nenhuma com os veículos Ford testados no Campo de Provas inaugurado na cidade em 1978: são 50 km de pistas, sendo 9 km de asfalto e 41 km de terra, além de laboratórios, oficinas, rampas, lombadas, pedras, buracos, ondulações, paralelepípedos, tanque de água e piscina de lama que permitem ao todo realizar 80 tipos de testes.

    Ali, os carros sofrem, mas os pilotos se divertem.

    4,6 milhões de km de área total, sendo 3,6 milhões de mata nativa

    50 km de pistas, sendo 41 km de terra e 9 km de asfalto

    250 milhões de km percorridos em testes durante 40 anos

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    3 laboratórios testam motores, suspensão, emissões, partida a frio, níveis de ruído e outros

    5 outros Campos de Prova da Ford, como o de Tatuí, existem no mundo: dois deles ficam nos EUA, dois na Europa e um na China.

    pista de Tatuí
    (Jonatan Sarmento/Quatro Rodas)

    1 – Pistas especiais

    pistanananenem.jpg
    (Divulgação/Ford)

    Trechos com diversos obstáculos para teste dos componentes de suspensão: pedras, buracos, ondulações, valas, trilhos de trem ou paralelepípedos.

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    2 – Pista de alta velocidade

    pistaalta1.jpg
    (Divulgação/Ford)

    Aqui as placas de máxima indicam 140 km/h, um sonho distante das estradas. São colocados à prova aceleração, durabilidade, comportamento dinâmico, estabilidade, suspensão e freios.

    3 – Pista interna

    Tatuí-pista-interna.jpg
    (Divulgação/Ford)

    Testes exclusivos para transmissões, simulando uso severo em subidas, descidas e curvas.

    4 – Pistas de terra

    Ford-Tatui-(5).jpg
    (Divulgação/Ford)
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    Nesta área são realizados inúmeros testes fora de estrada, desde vedação contra poeira até estabilidade em piso escorregadio, como pedriscos e cascalho solto em meio a curvas fechadas.

    Há também uma área exclusiva para veículos 4×4, com direito a morros com inclinação de 45% e poço de lama.

    5 – Laboratórios

    Novo-Ka_Dinamometro
    (Divulgação/Ford)

    Três unidades são responsáveis pela calibração e homologação de motores e por uma série de testes, que vão desde emissão de poluentes até barreira de impacto, passando por nível de ruído, partida do motor em temperaturas até -30 oC e simulador de rodagem.

    Lá encontra-se uma oficina dedicada à construção de protótipos.

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    6 – Tanque de água

    Ford-Experience_21.jpg
    (Divulgação/Ford)

    Avalia a capacidade de travessia de trechos alagados e a vedação da cabine.

    7 – Pista de baixa velocidade

    Tatuí-pista-baixa-velocidade.jpg
    (Divulgação/Ford)

    Neste local se concentram os testes de comportamento em situações urbanas, como durabilidade, retomada, arrefecimento e conforto.

    8 – Rampas

    rampacomgranito.jpg
    (Divulgação/Ford)
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    As inclinações de 12% a 30% avaliam capacidade de partida em subida, sistemas de câmbio automático em subida e descida e os controles de tração.

    Lombadas chinesas

    Tatuí foi escolhida por razões estratégicas: chove pouco lá e seus 146 km de distância para a cidade de São Paulo a mantém longe do olhar de curiosos.

    Na época da Autolatina (1987-94), os carros da VW também eram testados em Tatuí.

    Como o Campo de Provas era uma antiga fazenda, a Ford aproveitou uma plantação de milho que existia ali para treinamento de uso dos tratores que fabricou no Brasil, nos anos 70 e 80.

    Para fazer a homologação do EcoSport para o mercado chinês, a Ford precisou importar lombadas da China, pois lá elas são de plástico e têm formato diferente das usadas no Brasil.

    No Campo de Provas, são desenvolvidos diversos veículos. Alguns chegam ao mercado, como o Ka Trail, e outros não, como uma nova versão do Ka XR com motor 2.0, que só ficou no papel.

    Em Tatuí, foi desenvolvido um exemplar único do Escort XR3 para servir de safetycar do GP do Brasil de F-1 em 1984. Ele inspirou uma série especial do modelo, hoje raríssima.

    O trabalho mais recente do Campo de Provas foi calibrar e homologar o motor do Mustang para a gasolina brasileira, que contém etanol na sua composição.

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