Crash-test do VW T-Cross mostra: segurança e juízo não fazem mal a ninguém
Visitamos um laboratório de testes de segurança e vimos de perto uma simulação de acidente frontal. Violência do impacto impressiona
![VW T-Cross crash-test](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-103-e1559073664187.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Estimulada pelo movimento Maio Amarelo, que visa à conscientização para redução de acidentes de trênsito no mundo, a Volkswagen abriu seu laboratório de testes de segurança em São Bernardo do Campo (SP), onde são desenvolvidos e avaliados seus carros.
Os jornalistas convidados passaram um dia inteiro conhecendo como se faz um carro do ponto de vista da segurança, desde o projeto até a linha de produção.
![Volkswagen – Seguranca Veicular (17)](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-17.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O que mais nos impressionou nessa visita foi ver como as colisões ocorrem de forma assustadoramente violenta e rápida, acompanhadas de um estrondo e com grande poder de destruição de coisas e pessoas.
Os acidentes reproduzidos nos laboratórios seguiram protocolos determinados por normas feitas com base nas estatísticas dos acidentes reais.
![VW T-Cross crash-test](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-99.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
O ponto alto do dia foi o crash-test real de uma unidade do recém-lançado SUV T-Cross.
Para esse ensaio, a VW seguiu os critérios determinados pelo instituto Latin NCAP, que prevê o choque frontal parcial, envolvendo 40% da dianteira do veículo, contra uma barreira deformável (padronizada) a 64 km/h.
![VW T-Cross crash-test](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/0043.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
A colisão durou precisamente 120 milésimos de segundo desde o momento em que o carro toca a barreira até o fim da batida.
Quem piscou nessa hora certamente não viu o choque, mas ainda conseguiu ouvir o forte som do impacto e ver o estrago feito no veículo.
Depois que varreram as peças que se soltaram, cacos de para-choque, grade dianteira e faróis, os engenheiros da VW liberaram o acesso ao carro. Deu dó do T-Cross novinho em folha.
![VW T-Cross crash-test](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/0046.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Dentro do SUV havia quatro manequins simulando pessoas: dois adultos na frente e duas crianças, uma na cadeirinha e outra sentada, atrás.
Como o T-Cross recebeu cinco estrelas nesse teste, para proteção de adultos e crianças, felizmente, todos se salvaram.
Por mais que saiba que os dummies são manequins de aço, plástico e cheio de sensores, a gente fica imaginando como seria se fossem pessoas de carne e osso, que mesmo se safando do pior, estariam sofrendo física e emocionalmente.
No banco de trás, as crianças pareciam bem. Já na frente, os bonecos adultos que foram maquiados antes do crash contemplavam seu rosto carimbado nas bolsas dos airbags.
![Dummies](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-44.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
No mínimo, os passageiros da frente sentiram o calor do gás em seus faces. Mas é no mínimo mesmo.
Porque sem a proteção dos airbags, dos cintos de segurança, do volante retrátil, dos pedais desarmáveis e da estrutura deformável do carro, os dummies não estariam mais aqui para contar a história.
Para os testes testes do Latin NCAP são utilizados manequins de 75 kg e 1,75 m de altura, que contemplam a média da população.
Crianças são representadas por bonecos que simulam indivíduos com idades de 1,5 e 3 anos, com altura e pesos compatíveis.
![Volkswagen – Seguranca Veicular (36)](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-36.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Segundo os engenheiros da VW, no entanto, não basta que os carros sejam seguros.
Para reduzir o número de acidentes e de vítimas, é necessário que as vias sejam seguras (sonho meu…) e as pessoas sejam conscientes e tenham comportamento adequado no trânsito.
No caso do crash-test do T-Cross, os dummies poderiam estar na oficina de reparos agora (ou até na lata do lixo), se viajassem sem cinto de segurança ou com a cadeirinha mal fixada (caso do bebê).
Ou ainda se o motorista estivesse sentado muito próximo ao volante e com as mãos em qualquer posição diferente da correta (imaginando um relógio, com a mão esquerda no 9 e a direita no 3).
Ou, talvez, se o passageiro da frente estivesse se sentindo na praia e decidisse apoiar os pés no painel, algo muito comum (e perigoso) de se ver nas ruas.
![Volkswagen – Seguranca Veicular (22)](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-22.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
De acordo com os especialistas, a força com que as bolsas dos airbags disparam é suficiente para dobrar ao meio essa pessoa que viaja com as pernas apoiadas no painel, jogando as pernas contra a cabeça.
Ou seja: bom comportamento não só diminui os riscos como também reduz as consequências de um acidente quando ele não pode mais ser evitado.
![Volkswagen – Seguranca Veicular (31)](https://gutenberg.quatrorodas.abril.com.br/wp-content/uploads/2019/05/volkswagen-seguranca-veicular-31.jpg?quality=70&strip=info&w=1024&crop=1)
Além do crash do T-Cross a VW mostrou outros ensaios com deflagração de airbags frontais, laterais e de cortina e reprodução de acidentes com pedestres utilizando equipamentos que simulam partes do corpo humano como pernas, pélvis e cabeça.