A Volkswagen tem muitos problemas de aceitação da sua família de elétricos ID na Europa e volta a apostar numa fórmula de sucesso, na forma de um SUV. O Tayron é o segundo maior SUV produzido e vendido na Europa, onde começará a ser visto nas estradas no começo de 2025. Irá substituir também o Tiguan Allspace feito no México para toda a América.
Desenvolvido e produzido em Wolfsburg (Alemanhã), o Volkswagen Tayron tem cabine ampla e com variabilidade no gerenciamento do espaço, lotação para cinco ou 5+2 ocupantes, tecnologia de iluminação e conectividade avançadas e uma ampla gama de motores, de gasolina a diesel e, claro híbrido plug-in.
Na ampla oferta de SUVs da Volkswagen na Europa, posiciona-se entre o Touareg (4,9 metros de comprimento, entre eixos de 2,9 m) e o Tiguan (4,54 m, 2,67 m) com os seus 4,77 metros de comprimento e entre eixos de 2,79 m. A sua largura atinge 1,85 metros e a altura 1,66 m.
A frente do Tayron é elevada, tendo os faróis duplos led igualmente colocados bem alto (depois, nas versões de topo, tem faróis led Plus, que também incorporam regulação automática do alcance e iluminação dinâmica em curva, e até (opcionalmente) faróis Matrix HD IQ.LIGHT, com tecnologia baseada na do Touareg.
Em todas as versões, o logótipo VW e a parte superior dos dois frisos transversais da grade do radiador em vidro se iluminam quando as luzes estão ligadas. A barra transversal de led forma uma faixa de luz visualmente contínua com as faixas de luz diurna de led também dispostas transversalmente nos faróis.
Para as luzes traseiras, é possível escolher entre três animações de led diferentes e a janela traseira se estende por quase toda a largura do Tayron, estando emoldurada lateralmente por elementos cromados no formato de um “taco de hóquei” (preto brilhante no caso do “Black Style”), concebidos como defletores de ar para reduzir a turbulência na parte traseira e, portanto, melhorar a aerodinâmica e a estabilidade.
Sofisticação tecnológica na cabine
No interior, o painel do Tayron apresenta uma arquitetura horizontal contínua. No primeiro nível está o “Digital Cockpit Pro”, painel digital com tela de 10,25 polegadas. O Tayron, sempre equipado com caixa de dupla embreagem, é acionado por um interruptor combinado na coluna de direção para selecionar as posições D(rive), R(é) e P(arking).
A tela sensível ao toque, visualmente independente do sistema de infoentretenimento, está localizada ao centro. O mostrador do sistema de áudio padrão (incluindo, entre outros, interface de celular, Apple CarPlay, Android Auto e navegação) mede 12,9 polegadas.
A sofisticação do software fica bem exemplificada com o assistente de voz IDA com “ChatGPT” integrado, a interface para celular e duas bandejas para smartphone com função de carregamento sem fios no console central. E, no mais alto nível “Discover Pro Max” existe ainda um head-up-display (projeção e informação no para-brisa) e uma grande tela sensível ao toque com diagonal de 15 polegadas.
Independentemente do tamanho da tela, as configurações de ar-condicionado, controle de climatização dos bancos e o botão iniciar para navegação no menu estão sempre localizados na linha inferior fixa da tela. Em outro nível estão os controles deslizantes de toque iluminados para regulação de temperatura e volume de áudio.
A bordo do Tayron, a luz natural é regulada através de um teto solar panorâmico deslizante (opcional) e um defletor que proporcionam uma atmosfera luminosa e acolhedora ou uma visão do céu noturno. Para abrir, o segmento de vidro dianteiro se desloca para cima do traseiro, mantendo-se assim a altura até ao teto no habitáculo. Se a radiação solar for muito intensa, o teto pode ser escurecido com uma persiana elétrica e, além disso, as portas traseiras estão equipadas de série com cortinas solares.
Amplo espaço para 5+2 ocupantes
Os bancos da segunda fila podem ter a inclinação do encosto ajustada, deslocar-se longitudinalmente e rebater os encostos na proporção 1/3-2/3. Se o assento central estiver livre, pode ser usado um apoio de braço central com dois porta-copos. Esta extensão pode ser girada para a esquerda ou para a direita e possui uma ranhura na frente onde podem ser colocados tablets e smartphones.
Se o VW Tayron tiver sido configurado como veículo de sete lugares (o que não é possível na versão híbrida plug-in), a segunda fila de bancos pode ser rebatida para a frente para permitir a entrada ou saída para a terceira fila de bancos, onde existem dois assentos individuais para pequenos passageiros. Os dois bancos da terceira fila podem ser rebatidos e se transformar em piso do porta-malas quando não estiverem em uso.
O compartimento de carga das versões de cinco lugares do Tayron eTSI, TSI e TDI oferece um volume maior de até 885 litros (carregado até a altura do encosto da segunda fila de bancos) ou de 2.090 litros caso esteja carregado até a parte traseira da primeira fila de bancos. Ganchos para malas e conexão de 12V estão disponíveis como padrão no porta-malas. Opcionalmente, o equipamento pode ser ampliado com conexão de 230V e um sistema de redes para gerenciamento de bagagem.
A base técnica do SUV é o mais recente nível de evolução da plataforma transversal modular (MQB evo). Como opção, o novo Tayron estará disponível com a última geração de suspensão adaptativa “DCC Pro”, que é um amortecimento regulado eletrônicamente para reagir às características da estrada bem como ao tipo de condução praticada, de acordo com configurações e programas pré-definidos ou pela escolha individual do motorista.
O gerenciador de dinâmica de condução, sempre padrão, controla as funções dos bloqueios eletrônicos dos diferenciais (XDS) e, com o “DCC Pro” a bordo, também o funcionamento dos amortecedores (equipados com duas válvulas para um controle independente de extensão e de compressão, daí resultando um aumento do controlo dos movimentos da carroceria).
A aerodinâmica relativamente apurada (0,28) melhora a eficiência e contribui para que a versão híbrida plug-in preveja uma autonomia elétrica superior a 100 km. Com uma massa máxima rebocável tecnicamente admissível até 2,5 toneladas, está adaptado para o transporte de cavalos, automóveis clássicos ou barcos esportivos, ou para desfrutar de férias com uma grande caravana.
A tração integral do novo Tayron utiliza uma embreagem 4Motion de sexta geração para acionamento do eixo traseiro. Em condições normais de condução – por exemplo, na cidade, com estradas secas e sem acelerações muito fortes – apenas as rodas do eixo dianteiro do Tayron puxam o SUV, o que economiza combustível.
O eixo traseiro é chamado a participar na locomoção através da embreagem 4Motion e do eixo cardã quando a condução se torna mais esportiva ou quando há risco de perda de aderência de uma um mais rodas. No entanto, a tração integral também pode ser ativada “manualmente” através do comando respetivo do perfil de condução para, por exemplo, utilizar permanentemente a tração integral. Além dos modos “Eco”, “Comfort”, “Sport” e “Individual”, estão disponíveis os perfis de tração integral “Offroad” e “Snow” para os Tayron 4×4.
Motores gasolina, diesel, híbrido-leve e híbrido plug-in
A gama de motores se compõe de duas unidades híbridas plug-in (eHybrid), uma unidade híbrida moderada (eTSI), dois motores turbo a gasolina (TSI) e dois motores turbodiesel (TDI). A faixa de potência se situa entre 150 e 272 cv. Os dois motores turbo a gasolina e o turbodiesel mais potente estão acoplados à tração integral 4Motion, enquanto todas as demais versões são de tração dianteira.
Os dois Tayron híbridos plug-in permitem uma elevada autonomia elétrica no dia a dia, mas ao mesmo tempo os habilitam a fazer viagens longas graças a uma autonomia total de cerca de 850 km. A combinação de um motor turbo de quatro cilindros e um motor elétrico gera um rendimento máximo de 204 cv na versão de entrada e de 272 cv na versão superior. Graças à bateria de 19,7 kWh (líquidos), a Volkswagen prevê uma autonomia elétrica de mais de 100 km para os Tayron eHybrid. A bateria pode ser carregada em corrente alterna (AC) até 11 kW ou com corrente direta (DC) até 50 kW.
A versão eTSI, híbrida-leve, tem potência de 150 cv com alternador de arranque por correia de 48V e gestão ativa de cilindros (dois dos quais desligados sempre que possível). Assim se torna possível efetuar o arranque com o motor elétrico e desligar o motor a gasolina durante a desaceleração e em descidas e poupar combustível.
Por último, as versões TSI e TDI recorrem a um motor de quatro cilindros sobrealimentado de 2,0 litros. O TDI de 150 cv e tração dianteira é mais económico, enquanto o TDI de 193 cv é mais indicado para quem procura performances de nível superior e também as vantagens da condução 4×4. Os dois motores TSI de 204 cv e 265 cv também estão sempre combinados com tração integral.