Parece ser o fim do sonho da Porsche de voltar à Fórmula 1. A montadora estava em negociações com Red Bull e McLaren para formar uma parceria para fazer parte do grid a partir de 2026, quando a nova regra para motores entrará em vigor. Mas, por querer adquirir uma parte majoritária das equipes, as negociações não deram certo, como relata o site The Race.
Inicialmente, os planos da montadora eram de comprar 50% dos direitos da Red Bull. Pela primeira vez, a RBR irá desenvolver e produzir seus próprios motores, graças a criação da nova divisão Red Bull Powertrains. A intenção da Porsche era usufruir dessa infraestrutura para não ter que começar um projeto do zero.
Aparentemente, a Red Bull não quis ceder a metade dos seus direitos e, consequentemente, passar o controle da equipe para a mão dos alemães. Quem se aproveitou da situação foi a Ford, que deu um ‘chapéu’ na Porsche e fechou uma parceria com a RBR a partir de 2026, auxiliando a equipe no desenvolvimento do novo motor.
A segunda opção da Porsche seria tentar a compra ou investimento na McLaren e utilizar o motor desenvolvido pela Audi renomeado. A montadora ‘irmã’ garantiu a presença na Fórmula 1 a partir de 2026 depois de comprar parte dos direitos da Sauber, que atualmente atua como Alfa Romeo, em janeiro deste ano. Inicialmente, a Audi detém 25% dos direitos que, por conta do acordo de patrocínio com a marca italiana, irão subir até 75% gradativamente.
Agora, ainda há chances da Porsche entrar para a Fórmula 1, já que formalmente, nenhum executivo da montadora ou do Grupo Volkswagen pronunciou-se sobre a desistência. Mas o caminho será um tanto complicado.
Sem adquirir uma equipe atual, a Porsche precisaria começar o desenvolvimento de uma equipe do zero. Em 2025 a FIA abrirá processo para aceitar duas novas equipes, aumentando o grid de 10 para 12 times. Seria um processo muito mais caro, que parece não interessar aos alemães.
A Porsche perde uma ótima oportunidade de retornar à Fórmula 1, reconhecida até mesmo pelo ex-CEO do Grupo Volkswagen, Herbert Diess. Quando anunciou o interesse de ingressar a marca na competição ele disse: “Você precisa de cinco ou 10 anos para estar entre os primeiros colocados. Em outras palavras, você só pode embarcar se tiver uma grande mudança de regra.”
A Porsche não participa da Fórmula 1 desde 1991, quando fez uma parceria desastrosa com a equipe Footwork. Agora, a montadora deve focar seus esforços na Fórmula E e no retorno para Le Mans.