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Estoque de carros chineses no Brasil é gigante e supera vendas em 2024

Associação dos fabricantes teme que o enorme estoque leve a grandes descontos em carros chineses até o final do ano

Por Henrique Rodriguez Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 7 set 2024, 20h48 - Publicado em 7 set 2024, 10h47
NAVIO BYD
 (Eduardo Passos/Quatro Rodas)
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A Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, divulgou um dado interessante sobre a atuação das marcas chinesas no Brasil: seus estoques superam todas as vendas que fizeram de janeiro a agosto deste ano. 

Seja nas concessionárias, nos portos ou em pátios, aguardando o processo de desembaraço após o desembarque no Brasil e o transporte, há 81.700 carros de marcas como BYD e GWM em estoque, de acordo com Márcio de Lima Leite, presidente da Anfavea. O número supera os 72.476 veículos chineses comercializados no Brasil de janeiro a agosto.

NAVIO BYD

No mesmo período de 2023, os chineses somaram 16.521 emplacamentos. O crescimento para 2024 foi de 339%. Àquela altura, os carros chineses representaram 8% dos importados para o Brasil. Em 2024, responderam por 26% das importações, enquanto o percentual de carros argentinos caiu de 65% para 46%.

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Esse estoque de carros chineses esteve abaixo dos 20.000 carros até abril, quando, na iminência do aumento do imposto de importação para carros elétricos e híbridos, as fabricantes chinesas começaram a enviar dezenas de navios ao Brasil.

Importação China

No pico, na virada de junho para julho, havia 86.200 carros chineses em estoque, o que seria suficiente para garantir 9 meses de vendas no ritmo atual – pouco abaixo das 10.000 unidades emplacadas por mês.

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O que preocupa a Anfavea é como esse volume pode afetar o mercado brasileiro com o risco de haver excesso de promoções nas marcas chinesas daqui para o final do ano. “Esse volume em estoque é o maior da nossa história”, disse Lima Leite em coletiva de imprensa.

“Uma regra de mercado é que quando você tem mais oferta, você acaba tendo preços mais competitivos. E hoje tem 80.000 veículos vem estoque. Agora, se essas empresas vão reexportar esses carros ou colocar no mercado interno, se vão manter preço ou não, é uma questão que não sei dizer”, disse o presidente da Anfavea.

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Um dos enormes pátios da GDL Logística, que passou a ter grande demanda quando a BYD se tornou sua cliente (Henrique Rodriguez/Quatro Rodas)

Para efeito de comparação, todas as fabricantes de veículos automotores instaladas no Brasil, associadas à Anfavea, tinham em estoque (nas fábricas e concessionárias), 268.900 carros no fim de agosto. Contudo, para o volume de vendas delas isso representa 34 dias de vendas.

Empresas de logística na região de Vitória (ES), como a GDL (contratada pela BYD e Volvo, por exemplo) estão, inclusive, expandindo seus pátios (a maioria deles em Cariacica) para receber ainda mais carros que chegam pelos portos de Vitória e Vila Velha, e passam pelo processo de “nacionalização” (recebem manual, logotipos e adesivos no padrão brasileiro, por exemplo) ali.

Esse crescimento exponencial das importações de carros chineses é um dos argumentos da Anfavea para pleitear a retomada do imposto de importação integral, de 35%, para carros elétricos e híbridos, junto à Camex, Câmara de Comércio Exterior. Nesta semana, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Coméricio e Serviços, Geraldo Alckmin admitiu que o governo está avaliando o pedido da Anfavea.

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