Dodge Challenger SRT Demon terá ar-condicionado… para o motor!
Resfriamento forçado será utilizado para aumentar a potência do motor
O calor pode ser considerado um dos maiores inimigos dos carros esportivos. Ok, pneus na temperatura certa são desejáveis, mas o rendimento volumétrico do motor é bastante sensível à temperatura do ar que é admitido por ele.
Quanto menor a temperatura, maior a massa de mistura ar-combustível que caberá na câmara de combustão. Na prática, a redução de 10°C ou 15°C na temperatura externa pode a potência em até 5 cv no caso de motores “comuns”.
Nos motores de grande potência, a diferença pode ser ainda maior. Por isso a Dodge tomou uma medida um tanto extrema no tão propalado Challenger SRT Demon: em modo Drag, que tira o máximo de seu motor V8 com supercharger, será ativado um sistema de esfriamento forçado que envolve o ar-condicionado do carro.
Caso os sensores identifiquem que o motor está muito quente, o ar frio do sistema de ar-condicionado da cabine também será direcionado para a admissão do motor. O objetivo é fazer com que o ar a ser admitido passe mais frio pelo compressor mecânico que força o ar para dentro dos cilindros – princípio semelhante ao do funcionamento do intercooler, que por sinal o Demon também terá.
A redução na temperatura ficaria ao redor dos 20°C, o que faria uma boa diferença no tempo para o esportivo percorrer o quarto de milha (402 metros), que para os norte-americanos é tão importante quanto o tempo de 0 a 100 km/h.
O Dodge Challenger SRT Demon promete ser ainda mais insano do que o Hellcat, que já tira 717 cv e 88,1 mkgf de torque do motor V8 6.2 HEMI Supercharged, acelerando de 0 a 100 km/h em 3,5 segundos e com velocidade máxima de 320 km/h.
O grupo FCA promete que o Demon terá mais de 800 cv e quase 100 mkgf de torque. Além disso, ele terá uma redução de peso de mais de 100 kg – incluindo aí a retirada dos bancos dos passageiros da frente e de trás!
Em comparação com o Hellcat, o Demon ainda terá tomadas de ar maiores e rodas dianteiras mais largas, a ponto dos pneus serem maiores do que os usados pelos Lamborghini nas rodas traseiras, com o objetivo de manter o controle do carro quando em aceleração. Imagine o que vem por aí…