Dono de Bugatti Chiron é multado por dirigir a 414 km/h em Autobahn
A infração chegou às autoridades por um vídeo publicado no YouTube, no qual o motorista buscava alcançar a velocidade máxima do hiperesportivo
O dono de um poderoso Bugatti Chiron foi notificado pelo governo alemão por dirigir a 414 km/h na Autobahn, ou seja, uma velocidade alta demais até para a famosa estrada sem limites.
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A infração foi publicada em um canal no YouTube e, de acordo com a descrição, foi escolhido um trecho de 10 km, com boa visibilidade e três faixas largas para que o motorista buscasse alcançar a velocidade máxima do hiperesportivo francês. “A segurança era uma prioridade”, aponta a descrição do vídeo.
Mesmo sem um limite de velocidade definido, a Autobahn mantém a legislação que proíbe dirigir de maneira perigosa. “Qualquer pessoa que participe do trânsito deve se comportar de forma que nenhuma outra pessoa seja prejudicada, colocada em perigo, obstruída ou incomodada mais do que o inevitável sob as circunstâncias”, diz uma das normas de uso da estrada.
O Ministério dos Transportes alemão reforçou a legislação em um comunicado enviado à Associated Press, no qual diz que “rejeita qualquer comportamento no tráfego rodoviário que leve ou possa colocar em risco os usuários da estrada”.
“Só porque a rodovia não tem um limite de velocidade, não significa que você pode ir tão rápido quanto quiser”, apontou ainda o ministério. O governo alemão não divulgou qual penalidade será imposta ao proprietário do modelo.
Velocidade poderá ser limitada
O debate sobre a implementação de um limite de velocidade nas rodovias alemãs já existe há alguns anos. Porém, o tema ganhou força com a vitória dos sociais-democratas nas últimas eleições locais e as mudanças estipuladas para o Acordo de paris e a Lei Alemã de Proteção Climática.
Na verdade, hoje há menos trechos de velocidade ilimitada e, se depender da vontade do partido vencedor, a velocidade das Autobahn será limitada em 130 km/h.
O partido justifica o teto para uma possível redução do número de acidentes e pela proteção do meio ambiente, já que as emissões de gases também poderiam ser reduzidos – embora especialistas afirmem que o último argumento é vago. A opinião pública se divide, mas tende para a aprovação do limite.